A Eletrobras anunciou a aprovação pelo seu Conselho a emissão de R$ 7 bilhões em debêntures, conforme divulgado na noite de sexta-feira (25). Essa medida representa a quarta emissão desse tipo de título, que não é conversível em ações, sendo do tipo quirografário e dividido em duas séries. A operação está planejada para distribuição pública, com garantia firme de colocação, e seguirá o rito de registro automático de distribuição, sem análise prévia.
No total, serão emitidas 7 milhões de debêntures, com cada unidade tendo valor nominal de R$ 1 mil. A alocação dos recursos será dividida entre a primeira e a segunda série, com R$ 4 bilhões destinados à primeira e R$ 3 bilhões à segunda.
A remuneração das debêntures será determinada de acordo com um procedimento de coleta de intenções de investimento. Na primeira série, o valor nominal unitário será atualizado pela variação do IPCA. Sobre esse valor atualizado, serão aplicados juros remuneratórios prefixados, definidos com base no processo de bookbuilding. Esses juros serão o maior entre o percentual correspondente à taxa interna de retorno do Tesouro IPCA+ com juros semestrais, vencimento em 2030, acrescido exponencialmente de um spread de 1,30%, e 6,50% ao ano.
Já a segunda série terá um prazo de vencimento de cinco anos e os juros remuneratórios corresponderão a 100% da variação acumulada da taxa DI, acrescidos de uma sobretaxa que será definida no processo de bookbuilding. Essa sobretaxa terá um limite máximo de 2,15% ao ano.
A empresa informou que os recursos líquidos obtidos com a primeira série de debêntures serão direcionados exclusivamente para reembolsar gastos, despesas ou dívidas associadas à implementação de projetos de investimento relacionados a pagamentos de bonificações pelas outorgas de usinas hidrelétricas.