Os Estados Unidos anunciaram na quinta-feira (12) que o Irã não terá acesso aos US$ 6 bilhões em fundos iranianos. Eles depositaram a quantia em um banco do Catar no mês passado como parte de uma troca de prisioneiros. Sendo assim, Washington mantém o direito de congelar completamente a conta.
A questão do acesso do Irã aos fundos tem estado em destaque desde que o Hamas, apoiado pelo Irã, atacou Israel no sábado. A operação matou mais de 1.300 pessoas e resultou em dezenas de reféns levados à Faixa de Gaza palestina.
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, informou que o Irã não acessou nem gastou nenhum dos US$ 6 bilhões. Além disso, acrescentou: “Temos um rígido acompanhamento dos fundos e reservamos o direito de congelá-los.”
Blinken afirmou que o Tesouro dos EUA supervisiona qualquer desembolso, garantindo que o dinheiro seja usado apenas para fins humanitários. Vários meios de comunicação dos EUA noticiaram na quinta-feira(12/10) que os Estados Unidos e o Catar concordaram em impedir o Irã de acessar o dinheiro.
A Participação do Irã no Conflito Hamas-Israel
O Irã não esconde seu apoio ao Hamas, financiando e armando o grupo. No entanto, o líder supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, disse na terça-feira que Teerã não estava envolvida no ataque do Hamas a Israel.
A missão iraniana na ONU disse que o governo dos EUA estava “ciente de que não pode recuar” no acordo feito sobre o dinheiro. Eles transferiram o dinheiro para o Catar de uma conta na Coreia do Sul para torná-lo acessível às necessidades humanitárias do Irã.
Eles haviam congelado as receitas de petróleo iranianas em Seul. Na ocasião, o ex-presidente Donald Trump impôs uma proibição total das exportações de petróleo do Irã e sancionou seus bancos em 2019.
“O dinheiro pertence legitimamente ao povo do Irã, destinado ao Governo da República Islâmica do Irã para facilitar a aquisição de todos os requisitos essenciais e não sancionados para os iranianos”, disse a missão do Irã nas Nações Unidas em Nova York.
O porta-voz de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, recusou-se a falar sobre conversas diplomáticas ou “especular sobre transações futuras”. Ele afirmou que o dinheiro estava destinado a ser distribuído “a fornecedores aprovados – que nós aprovamos – para comprar alimentos, remédios e equipamentos médicos, produtos agrícolas, e enviá-los diretamente para o benefício do povo iraniano”.