Farelo de trigo: novo foco de rações animais

Imagem: Freepik

O farelo de trigo está se destacando no cenário atual. Essa tendência crescente não passa despercebida, capturando a atenção de vários participantes do mercado.

Uma das principais razões para esse avanço é a crescente demanda, especialmente por parte das fábricas de ração. Diante da relutância dos produtores em negociar milho, os representantes dessas fábricas encontraram no farelo de trigo uma alternativa atraente. A versatilidade do produto e suas qualidades nutricionais o tornam uma escolha viável para a formulação de rações. A competição entre o farelo de trigo e o milho como ingrediente principal nas rações animais tem sido um dos aspectos mais intrigantes desse movimento. A resistência dos produtores em liberar milho no mercado levou as fábricas de ração a aumentar o consumo de farelo de trigo. Esse cenário de competição entre matérias-primas impulsionou os preços do farelo de trigo, já que a demanda superou a oferta.

Outro fator que contribui para a crescente demanda por farelo é o preço atrativo do derivado. Em setembro de 2023, o farelo de trigo atingiu o menor patamar de preços desde 2020, em termos nominais. Esse preço competitivo tem sido um atrativo para os compradores, que aproveitam a oportunidade de adquirir um insumo de alta qualidade a um custo acessível. A elevada procura pelo farelo tem causado um efeito cascata no mercado do trigo em grão. Moageiras e moinhos, que processam o trigo para a obtenção do farelo, aumentaram a busca pela matéria-prima. Esse aumento na demanda tem sustentado os preços do trigo em grão, criando uma interdependência entre os dois produtos.

Além dos fatores internos, os preços do trigo em grão também foram impactados por questões climáticas na América do Sul. Irregularidades climáticas podem afetar a qualidade, gerando incertezas no mercado e impactando ainda mais os preços. Após um período de quedas significativas, as cotações finalmente estão recuperando força. Entre 6 e 13 de outubro, observamos um aumento notável, com ganhos de 6,14% em São Paulo, 2,52% no Paraná e 1,85% no Rio Grande do Sul. Santa Catarina, por outro lado, manteve-se estável em suas negociações de lotes da matéria prima.

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