A estimativa do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2023 sofreu uma leve redução. Segundo o mais recente Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central (BC) na segunda-feira (13/11), a previsão caiu de 4,63% para 4,59%. Essa alteração reflete uma adaptação contínua das expectativas do mercado às tendências econômicas atuais.
Para os anos subsequentes, as projeções também mostram uma tendência de estabilização. Em 2024, a expectativa é que o IPCA atinja 3,92%, enquanto para 2025 e 2026, as previsões se mantêm em 3,5%. Esses números indicam uma visão otimista do mercado quanto ao controle da inflação a médio prazo.
Contudo, para 2023, a projeção ainda está acima do centro da meta de inflação, estipulada em 3,25% pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), com um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual. Assim, mesmo com a queda na previsão, o índice permanece próximo ao limite superior de 4,75%.
O BC, em seu último Relatório de Inflação, apontou uma probabilidade de 67% de que a inflação ultrapasse o teto da meta em 2023. Mesmo assim, a projeção para 2024 situa-se dentro do intervalo de tolerância, com a meta central fixada em 3%.
Outros fatores econômicos, como as taxas de juros e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), também influenciam estas projeções. A taxa básica de juros, a Selic, é usada pelo BC como principal instrumento para alcançar a meta de inflação. Atualmente, a Selic está definida em 12,25% ao ano, com previsões de reduções graduais nos próximos períodos.