A captação líquida em fundos de investimento no Brasil atingiu um novo patamar, com R$ 12,6 bilhões registrados na última semana, segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Este marco demonstra um vigoroso interesse dos investidores em diferentes classes de fundos.
O período de 13 a 17 de novembro foi particularmente positivo para o setor, com aplicações totalizando R$ 159,6 bilhões frente a R$ 147 bilhões em resgates. No acumulado do mês, os fundos atingiram uma captação líquida de R$ 36,3 bilhões.
Os fundos de renda fixa despontaram, com entradas líquidas de R$ 12,1 bilhões. Destacaram-se os fundos com investimento em títulos públicos de curto prazo, responsáveis por R$ 7 bilhões desse total, e os de duração livre com investimentos majoritários em títulos públicos, adicionando R$ 5,4 bilhões.
Além desses, FIDCs, ETFs, fundos de previdência e FIPs também tiveram resultados positivos. Notavelmente, FIDCs e fundos de previdência se destacaram com aportes expressivos de R$ 4,9 bilhões e R$ 718 milhões, respectivamente.
Por outro lado, fundos multimercado enfrentaram saídas líquidas de R$ 4,4 bilhões, sendo a maior perda pelo segundo mês consecutivo. Fundos de ações e cambiais também registraram resultados negativos, com saídas de R$ 2,1 bilhões e R$ 25,4 milhões, respectivamente.

“Os números refletem uma dinâmica interessante no mercado de fundos de investimento no Brasil. Enquanto algumas classes de fundos, como renda fixa e ETFs, veem um influxo significativo de capital, outras, como multimercados e ações, enfrentam desafios. Este cenário destaca as tendências e preferências dos investidores no atual contexto econômico do país”, disse o ex-banqueiro Geldo Machado, presidente do grupo financeiro Valorize Cred, do SINFAC (CE.PI.MA.RN) e da Câmara Setorial do Mercado Financeiro do Sistema Fecomércio-CE.