O Brasil emerge como um potencial produtor significativo de combustíveis sustentáveis para aviação, conforme evidenciado por um estudo da Roundtable on Sustainable Biomaterials (RSB) e da Boeing. Considerando apenas resíduos agrícolas como matérias-primas, o país poderia gerar 9 bilhões de litros desse combustível inovador. A composição incluiria resíduos de cana-de-açúcar, madeireiros, gordura animal, gases industriais e óleo de cozinha usado.
Na COP 28, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) destacou a relevância da substituição do querosene de aviação tradicional por alternativas sustentáveis. Essa mudança visa reduzir as emissões de gases de efeito estufa, que atualmente representam 2% do total global. A CNI enfatiza que essa transição é estratégica para diminuir as emissões de CO2 e atrair a atenção de empresas interessadas em práticas mais sustentáveis.
O combustível sustentável, conhecido como SAF (Sustainable Aviation Fuel), é produzido a partir de biomassa, envolvendo matérias como milho ou óleo de cozinha. Durante o painel da CNI, representantes de importantes entidades, como Amcham Brasil, Acelen (energia) e Airbus, discutiram a viabilidade dessa transição. O CEO da Amcham Brasil, Abrão Neto, ressaltou a necessidade de investimentos anuais na ordem de US$ 178 bilhões para efetivar essa mudança e impulsionar o Brasil como líder na produção de combustíveis sustentáveis para aviação.