Na Argentina, a crise econômica ganha novo capítulo com as medidas do presidente Javier Milei. Em 2018, o então presidente Mauricio Macri recorreu ao Fundo Monetário Internacional, resultando em uma dívida recorde. Desde então, a dívida pública cresceu, o consumo caiu, e o déficit persiste. Milei, eleito recentemente, anuncia medidas ousadas para enfrentar o déficit, mas a população responde com protestos.
Antecedentes (2018-2020):
Em 2018, Macri buscou socorro no FMI, marcando o início da crise. O país contraiu uma dívida colossal de 45 bilhões de dólares, elevando a pressão econômica. A dívida pública atinge 103,8% do PIB, e a queda no consumo persiste desde 2010. O governo enfrenta déficits crônicos, intensificando a instabilidade financeira.
Posse de Milei (10 de dezembro):
Em 10 de dezembro, Javier Milei assume a presidência, eleito em novembro. Líder do partido La Libertad Avanza e autodeclarado “anarcocapitalista”, Milei promete mudanças radicais na economia argentina.
Medidas Anunciadas (12 de dezembro):
O ministro da Economia Luis Caputo aponta o déficit fiscal como a raiz dos problemas. Assim, o novo governo anuncia medidas arrojadas para enfrentar o déficit, incluindo cortes de subsídios, desvalorização da moeda, reestruturação ministerial e taxação.
Protestos e Cortes de Benefícios (18 de dezembro):
Sandra Pettovello, ministra do Capital Humano, anuncia cortes de benefícios para manifestantes que protestarem contra o governo nas ruas.
Protestos e anúncio do DNU (20 de Dezembro):
Os argentinos, descontentes com as medidas, protestam contra as políticas de austeridade.
Às 21h em rede nacional de televisão, Milei anuncia Decreto de Necessidade e Urgência (DNU) visando à desregulação econômica. Com mais de 350 alterações, o DNU entra em vigor em 21 de dezembro, gerando manifestações massivas e cacerolazos.
Reações e Debates (21 de Dezembro):
Milei defende enfaticamente o DNU, argumentando que visa o bem-estar da população. No entanto, as críticas e o clima de incerteza predominam, enquanto a Argentina se vê imersa em debates sobre seu futuro econômico.