A Dívida Pública Federal (DPF) atingiu R$ 6,325 trilhões em novembro, marcando um aumento de R$ 153 bilhões em relação a outubro, conforme apontado pelo Relatório Mensal da Dívida do Tesouro Nacional divulgado hoje (27). O crescimento expressivo é atribuído principalmente às emissões de títulos, que totalizaram R$ 133,99 bilhões, superando os resgates de R$ 24,72 bilhões. Juros, no valor de R$ 43,84 bilhões, também contribuíram para a elevação.
Apesar do aumento, o total da dívida permanece abaixo do intervalo estabelecido no Plano Anual de Financiamento (PAF), que previa um estoque entre R$ 6,4 trilhões e R$ 6,8 trilhões. Desse montante, R$ 6,075 trilhões correspondem à Dívida Pública Mobiliária Federal Interna (DPMFi), enquanto R$ 250 bilhões são referentes à dívida externa.
Destaca-se no relatório a emissão do título sustentável “Global 2031 ESG”, no valor de R$ 9,78 bilhões, marcando um marco relevante. Além disso, novembro registrou melhorias nos mercados, com aumento nas bolsas e queda nos juros, resultando em uma redução do risco no Brasil.
O custo médio do estoque da dívida pública federal em 12 meses diminuiu para 10,65% ao ano, enquanto o prazo médio de vencimento dos títulos brasileiros recuou para 4,04 anos. No que diz respeito ao colchão de liquidez, houve um aumento de 11,43% em novembro, totalizando R$ 908,9 bilhões, sendo suficiente para quitar 8,34 meses de vencimentos de títulos – em outubro, estava em 8,70 meses.
Para dezembro, as projeções do Tesouro indicam a preferência por risco nos mercados, com expectativa de bolsas em alta e juros em queda. A elevação da nota de crédito do Brasil pela S&P, de BB- para BB, com perspectiva estável, também contribuiu para uma queda mais acentuada nos vencimentos mais longos.