A startup cearense Vertical Connect está prestes a instalar uma fábrica no Ceará com a capacidade de produzir até 500 carros voadores nos próximos cinco anos. A previsão é que a planta seja erguida na Região Metropolitana de Fortaleza até 2024.
Na fabricação do seu veículo elétrico de decolagem e pouso vertical (eVTOL) tripulável, o Gênesis X1, a empresa concentrará sua atenção. O protótipo deste veículo foi apresentado recentemente. Este veículo tem capacidade para transportar até duas pessoas a uma velocidade de até 130 km/h.
Marco Berzagh, diretor de operações (COO) da Vertical, afirma que estão em andamento os planejamentos físicos para a construção da planta. Assim como, a obtenção das documentações da produção de carros voadores necessárias junto à Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).
Com a conclusão destas etapas, está prevista a assinatura do memorando de entendimento para a instalação da fábrica no primeiro trimestre de 2024. Embora Itaitinga seja a principal opção, Fortaleza e a região do Pecém também estão sendo consideradas para a localização da planta, conforme explicado pelo diretor.
A Prefeitura de Itaitinga manifestou interesse em assinar o memorando de entendimento para receber a fábrica já nos primeiros dias de janeiro. Isso representaria para a cidade um destaque como um polo de tecnologia e inovação, de acordo com Celso Rodrigues, chefe de gabinete da prefeitura.
Prevê-se que o empreendimento gere 150 empregos diretos nos primeiros três anos, conforme a gestão. A Vertical estima que, até 2024, cerca de 70 cargos já estejam formalizados. Além disso, a empresa está estudando parcerias com universidades cearenses e com o Instituto Federal do Ceará (IFCE) para formação de mão de obra qualificada.
Projeções de produção de veículos voadores
Com a instalação da fábrica, a Vertical planeja produzir 50 veículos não tripulados no Ceará já em 2024. Quanto ao modelo Gênesis X1, capaz de transportar pessoas, espera-se que a produção se inicie em aproximadamente um ano e meio, de acordo com Marco Berzagh.
“Serão necessários testes de voo, avaliações estruturais e testes de paraquedas balísticos. Teremos que realizar a destruição de duas ou três aeronaves para garantir que se trata de um equipamento seguro, em conformidade com todas as normas de engenharia e segurança estabelecidas pela legislação da ANAC”, explica o diretor.
