O cenário agrícola do Brasil enfrenta desafios significativos no ciclo 2023/24, conforme revelado pela Pátria Agronegócios nesta quinta-feira. A expectativa é de uma redução considerável nas colheitas de soja e milho, fatores influenciados pelo fenômeno climático El Niño.
Inicialmente, a projeção para a safra de soja era mais otimista. No entanto, a nova estimativa aponta para uma produção de 143,18 milhões de toneladas, representando um corte de 7,51 milhões de toneladas em relação às previsões de novembro de 2023. Essa revisão coloca a safra atual 7,4% abaixo do ciclo anterior.
Essa não é a primeira vez que a agricultura brasileira enfrenta tal desafio. Já que, a safra 2023/24 agora registra a segunda maior quebra sobre o potencial produtivo da história do país, ficando atrás apenas da safra 2021/2022, quando 25 milhões de toneladas foram perdidas.
A situação do milho também é preocupante. A Pátria Agronegócios reduziu sua previsão para a safra do grão, agora estimada em 110,29 milhões de toneladas, o que significa uma redução de 16,4% em comparação à temporada anterior.
A influência do El Niño é crucial neste contexto. A permanência deste fenômeno nos próximos três meses pode acarretar em novos cortes de rendimento e área de plantio. A consultoria alerta para a necessidade de monitoramento contínuo das condições climáticas, que desempenham um papel fundamental na definição das produtividades agrícolas.
“A grande chave para a formação das produtividades está na permanência do fenômeno El Niño nos próximos três meses. Caso confirmado, novos cortes de rendimento e área serão prováveis”, disse a Pátria.
Em suma, o setor agrícola brasileiro encara um período de incertezas e ajustes. A dinâmica climática global, especialmente a incidência do El Niño, torna-se um fator decisivo nas projeções futuras, exigindo atenção e adaptação dos produtores e do mercado.
