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Estados brasileiros em que a elite do agronegócio dobrou fortuna

Confira o top 10 do estados que os ricos aumentaram a fortuna em quase 100%

Agronegócio
Foto: Jakub Brabec / Unsplash
Agronegócio
Foto: Jakub Brabec / Unsplash

Um estudo recente realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) revelou uma disparidade na distribuição de renda no Brasil. Entre os anos de 2017 e 2022, a renda da elite do agronegócio, representada pelo estrato de 0,01% mais rico da população, aumentou 96%. A taxa é quase três vezes maior do que a registrada na base da pirâmide social, que teve um crescimento de 33% no mesmo período.

O estudo investigou a concentração de renda no topo da pirâmide social em todas as unidades federativas do país. Os resultados revelaram que nos estados onde o agronegócio desempenha um papel dominante na economia, a renda da elite foi alta. Um exemplo ocorreu no Mato Grosso do Sul (MS), onde o estrato de 0,01% mais rico teve um aumento de 204% na renda média durante o período de análise.

Quando ajustado pela inflação, o Crescimento do Agronegócio se traduz em um aumento de 131% em termos reais. Os números ressaltam a crescente desigualdade de renda no Brasil e destacam a necessidade premente de buscar soluções para promover uma distribuição mais equitativa dos recursos no país.

Confira os estados líderes do agro:
UF Pessoas Renda Média Variação Nominal Variação Real
MS 221 R$1.983.224 204% 131%
AM 171 R$2.103.129 191% 122%
MT 294 R$2.738.128 183% 115%
RO 106 R$1.246.387 170% 106%
RR 32 R$906.233 146% 87%
RN 156 R$1.011.252 143% 85%
SC 776 R$1.864.640 131% 76%
AP 38 R$579.388 122% 69%
PR 1.027 R$2.304.422 121% 68%
TO 86 R$1.054.494 115% 64%


O Mato Grosso do Sul lidera a lista com um impressionante crescimento de 204% na renda média dos 0,01% mais ricos, ajustado pela inflação. A tendência é acompanhada por estados como o Amazonas, que registrou um aumento de 191%, Mato Grosso com 115%, e Rondônia com 106%.

Pior resultado

O Ceará foi o estado em que a elite teve o pior desempenho. Um crescimento de apenas 20% ou uma diminuição real de 9%. Em seguida, encontram-se Pará (4%) e Rio de Janeiro (12%), com modesto crescimento do agronegócio

A análise destaca um aumento significativo na concentração de renda no topo da pirâmide, o que difere do que observamos na década anterior. Mas, ressalta as diferenças regionais, com crescimento de renda mais acentuado nos estados onde o setor agropecuário predomina.

Os dados evidenciam a complexidade das dinâmicas econômicas e sociais no Brasil, com reflexos importantes na distribuição de renda e na desigualdade entre estados. Afinal, a análise reforça a importância de políticas públicas que busquem equilibrar essa disparidade e promover um desenvolvimento econômico mais inclusivo em todo o país.