Os preços de produtos e serviços em todo o mundo tiveram um aumento médio de 7,4% no ano passado, de acordo com uma pesquisa sobre o custo de vida mundial. Embora a taxa represente uma queda em relação ao crescimento de 8,1% registrado em 2022, a porcentagem ainda permanece consideravelmente acima da média observada entre 2017 e 2021.
O levantamento foi conduzido pelo Economist Intelligence Unit, pertencente ao The Economist Group. A pesquisa destaca a persistente pressão inflacionária global. O estudo revela que, de todas as categorias abrangidas, os preços dos serviços públicos, como contas de energia e água, tiveram um aumento lento.
Entretanto, os produtos de mercearia lideraram o ritmo de crescimento dos preços. A inflação alimentar foi impulsionada por fabricantes e varejistas que repassam custos mais altos aos consumidores, juntamente com o aumento da frequência de fenômenos meteorológicos.
Em relação ao ranking das cidades mais caras do mundo, Zurique surpreendeu ao assumir a primeira posição, subindo drasticamente a partir da sexta colocação do ano anterior. Além disso, a ascensão foi atribuída à força do franco suíço, bem como aos preços elevados de alimentos, utensílios domésticos e recreação na cidade.
Singapura, que estava empatada em primeiro lugar com Nova York no ano anterior, agora ocupa o segundo lugar. A cidade asiática manteve a presença no ranking das cidades mais caras pela nona vez nos últimos 11 anos. Enquanto isso, cidades russas como Moscovo e São Petersburgo sofreram a maior queda nas classificações, devido ao enfraquecimento do rublo decorrente das sanções.
Confira o ranking das 10 cidades mais caras do mundo:
- Zurique
- Singapura
- Genebra
- Nova York
- Hong Kong
- Los Angeles
- Paris
- Tel Aviv
- Copenhaga
- São Francisco
A Europa Ocidental se destaca com quatro cidades entre as 10 mais caras, devido à persistente inflação nos alimentos e vestuário, além da valorização das moedas na região.
É importante notar que o Economist Intelligence Unit conduziu o estudo antes do início dos conflitos em Gaza, o que sugere a possibilidade de um aumento nos preços dos alimentos. Além disso, especialistas também apontam o fenômeno El Niño como um fator que pode influenciar o aumento dos preços dos alimentos no futuro.