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Economia brasileira em desaceleração

Economia - IPCA - dividas - moody's
(Imagem: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

A economia brasileira enfrentou um começo de 2024 marcado por um desempenho abaixo das expectativas. Com indicativos de que o crescimento deste ano será apenas metade do registrado no ano anterior. Portanto, deve atingir aproximadamente 1,5% em comparação com os 3% de 2023. A Folha de São Paulo divulgou os dados em uma reportagem.

Diversos institutos e consultorias apontam que o último trimestre de 2023 e o primeiro trimestre de 2024 apresentaram taxas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) negativas ou muito baixas em relação aos trimestres anteriores. O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV) sugere que o PIB não tenha registrado crescimento no último trimestre de 2023. A projeção de queda de 0,1% nos primeiros três meses de 2024. Enquanto a consultoria Tendências estima uma queda de 0,4% no último trimestre, prevendo um aumento de 0,5% no primeiro trimestre de 2024. Já a MB Associados calcula números de 0% e 0,2%, respectivamente, para os mesmos períodos.

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O Boletim Macro Ibre-FGV, aponta dois fatores que dificultam o crescimento em 2024. O primeiro é a redução no chamado carregamento estatístico, que representa o impulso do PIB do final de 2023 para o início de 2024. Contudo, será menor do que o observado entre 2022 e 2023. Além disso, o componente exógeno do PIB, que inclui fatores externos à economia, foi de apenas 0,5% em 2024, principalmente devido à estimativa de queda de 3,4% no setor agrícola.

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Situação fiscal no Brasil

A incerteza em relação à situação fiscal do país também continua a impactar as decisões de investimento, apesar da expectativa de redução nas taxas de juros neste ano. A mudança de um superávit primário em 2022 para um déficit em 2023 e a previsão de outro déficit em 2024, estimado em 0,8% do PIB, afetam diretamente a relação entre a dívida pública e o PIB.

Enquanto o Ministério da Fazenda mantém a meta de déficit zero para o resultado fiscal em 2024, a expectativa de crescimento do PIB de 2,2% fica acima da média das 140 instituições ouvidas no Boletim Focus do Banco Central. Eles estimam 1,6%. É relevante destacar que nos últimos dois anos, o PIB ultrapassou as previsões devido ao aumento do gasto público, no entanto, esses anos foram considerados atípicos.

Taxa Selic

A Macroeconomia da Tendências, acredita que a economia poderá ganhar impulso no segundo semestre de 2024. Portanto, à medida que a taxa básica de juros (Selic) continue caindo. Ela prevê um aumento de cerca de 2,3% nos investimentos este ano, impulsionando setores como a indústria e a construção civil. No entanto, a incerteza persiste sobre se o Brasil retornará à normalidade, com taxas de crescimento mais modestas após os anos excepcionais de 2022 e 2023.

Outro desafio é o baixo nível de investimentos na economia brasileira. Uma taxa de investimento de 16,6% do PIB no terceiro trimestre de 2023, abaixo do necessário para um crescimento sustentável. Mesmo com a queda da Selic, a taxa real de juros permanece alta. Sendo assim, influenciando a decisão dos empresários sobre investir na produção ou no mercado financeiro.

Apesar dos desafios, alguns indicadores mostram crescimento em setores específicos, como o consumo de energia no setor comercial, o setor de papel e papelão ondulado e o tráfego de veículos em praças de pedágio em rodovias federais concedidas. No entanto, o cenário geral ainda aponta para um crescimento moderado em 2024, com muitos economistas buscando entender o impacto das reformas realizadas nos últimos anos na economia do país.

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