A Oi, uma das principais operadoras de telecomunicações do Brasil, apresentou uma nova fase em seu plano de recuperação judicial, conforme informações divulgadas nesta terça-feira (6). A empresa anunciou a intenção de vender a ClientCo, sua unidade que abrange 4 milhões de clientes de fibra óptica, juntamente com a participação na V.tal, detentora de uma extensa infraestrutura de fibra óptica com mais de 400 mil quilômetros.
Este movimento faz parte de uma estratégia mais ampla para otimizar o portfólio da empresa e melhorar sua posição financeira. Para avaliar o valor desses ativos, a Oi já havia contratado serviços bancários no ano anterior. Considera-se a venda como um processo competitivo que abre possibilidades de negociação para potenciais compradores, incluindo rivais como Claro, Tim e Vivo.
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Além da alienação de ativos, a Oi tem como objetivo captar novos recursos financeiros. Um dos métodos propostos é através de um empréstimo prioritário, com a empresa buscando até U$ 650 milhões, equivalente a cerca de R$ 3,2 bilhões. A empresa utilizaria, em grande parte, este capital para refinanciar dívidas existentes, permitindo que os credores protejam uma parte da dívida antiga. Outras vias para a obtenção de recursos incluem aumentos de capital ou a contratação de novas linhas de crédito.
Captação de recursos e refinanciamento
A situação financeira da Oi, demandou a necessidade de um novo plano de recuperação judicial. Essa situação era marcada por dívidas de R$ 36,7 bilhões até o último trimestre reportado. Consequentemente, a venda da ClientCo e da V.tal torna-se crucial para a reestruturação financeira da empresa. Além disso, a empresa continuará a manter operações em outras áreas, como Oi Soluções, telefonia fixa, TV, entre outros.
Com estas estratégias, a Oi espera não apenas reequilibrar suas finanças mas também focar em áreas de negócio com potencial de crescimento. A meta é expandir sua base de clientes de fibra óptica para 5,6 milhões, projetando um aumento significativo em sua receita até 2028.
Esta revisão do plano de recuperação judicial reflete um esforço contínuo da Oi para adaptar-se às mudanças do mercado e às suas próprias necessidades financeiras. Sob a liderança de Rodrigo Abreu, que continua à frente das negociações com credores, a empresa busca caminhos para uma reestruturação eficaz, equilibrando dívidas e investindo em infraestrutura crítica para o futuro.