O Google, em colaboração com a SpaceX de Elon Musk, prepara-se para lançar o MethaneSAT, um satélite dedicado ao monitoramento de emissões de metano, crucial para enfrentar o aquecimento global. Este esforço visa fornecer dados precisos sobre as fontes de metano, um dos principais gases de efeito estufa, responsável por quase um terço do aquecimento global desde a era industrial.
Satélite que monitora emissões de metano
Previsto para entrar em órbita no próximo mês de março, o MethaneSAT orbitará a Terra 15 vezes ao dia, focando nas regiões de exploração de petróleo e gás. O satélite foi desenvolvido com um investimento de R$ 437 milhões (US$ 88 milhões) e destaca-se por sua capacidade de detectar emissões de metano que outros satélites não conseguem, fornecendo dados essenciais para ações climáticas eficazes.
Tecnologia avançada na luta contra o aquecimento global
A estrutura de computação e inteligência artificial do Google Cloud será essencial para processar e armazenar os dados coletados pelo MethaneSAT. A tecnologia de IA permitirá a identificação de emissões significativas de metano e a criação de um mapa detalhado de metano, que será publicado no Google Earth Engine, embora não em tempo real, mas com atualizações a cada poucas semanas.
Impacto e aplicações dos dados
O Google enfatizou que, ao detectar um vazamento significativo de metano, a responsabilidade de notificar a empresa proprietária da infraestrutura ou tomar medidas recai sobre os governos e reguladores, tendo o Google o papel de disponibilizar a informação. Esta abordagem destina-se a promover ações climáticas mais agressivas por parte dos governos e da indústria de combustíveis fósseis.
Benefícios para empresas e organizações
As informações obtidas pelo MethaneSAT estarão disponíveis através do Google Earth Engine, permitindo às organizações monitorar e correlacionar dados de emissão de metano com outros conjuntos de dados ambientais. Esta ferramenta representa um recurso valioso para empresas e reguladores na implementação de medidas para reduzir as emissões de metano, incluindo a possibilidade de regulamentação e taxações financeiras sobre vazamentos.