Composto por diversas empresas, incluindo Lojas Americanas, Americanas.com e Submarino, o Grupo Americanas enfrentou uma desvalorização das ações na Bolsa de Valores após a descoberta das discrepâncias financeiras. Portanto, levou à renúncia do presidente Sérgio Rial e do diretor de Relações com Investidores, André Covre.
Após revisões financeiras, o rombo foi contabilizado em R$ 25,2 bilhões, com dívidas totais de R$ 42,5 bilhões. A Assembleia Geral dos Credores rejeitou inicialmente propostas. No entanto, o plano foi aprovado em dezembro do mesmo ano, definindo prazos e modalidades de pagamento para os mais de 9 mil credores.
Assim, a negociação com quatro grandes bancos resultou em um aumento de capital de R$ 24 bilhões, com metade proveniente dos acionistas de referência e a outra metade convertida das dívidas dos bancos em ações. A Preserva-Ação Administração Judicial e o Escritório de Advocacia Zveiter administrarão agora o plano de recuperação, sob supervisão judicial.
Decisão Judicial
O juiz Paulo Assed Estefan, ao homologar o plano, destacou a complexidade do processo e a crise de confiança no mercado causada pela situação financeira da empresa. Ele elogiou a resolução das divergências entre os credores e a aprovação do plano com um amplo quórum de votos. O Ministério Público do Rio de Janeiro também se posicionou favoravelmente à homologação.
A Americanas, por sua vez, divulgou no portal eletrônico que manterá acionistas e credores informados sobre os próximos passos e prazos estabelecidos no plano. Enquanto isso, o balanço do terceiro trimestre de 2023 mostrou novos prejuízos, embora 23,5% menores em comparação ao mesmo período do ano anterior.