A jornada do Nobel de Economia, desde sua criação em 1968, foi marcada pela contribuição de apenas três mulheres, cujas inovações trouxeram novas perspectivas e soluções para desafios econômicos globais. Suas conquistas não apenas enriqueceram o campo da economia, mas também demonstraram o poder e a importância da inclusão feminina em espaços historicamente dominados por homens.
Elinor Ostrom: quebrando paradigmas
Elinor Ostrom entrou para a história em 2009 como a primeira mulher a receber o Nobel de Economia, por sua análise revolucionária sobre a governança dos bens comuns. Através de sua pesquisa, Ostrom demonstrou como comunidades poderiam gerenciar eficazmente recursos compartilhados de maneira sustentável, desafiando as noções convencionais que limitavam tais práticas ao controle estatal ou privado. Sua obra forneceu um modelo inspirador de cooperação e eficiência coletiva.
Esther Duflo: mudando o mundo através da economia
Esther Duflo, laureada em 2019, tornou-se não só a segunda mulher a ser honrada com o Nobel de Economia, mas também a mais jovem, com apenas 46 anos na época. Seu trabalho na redução da pobreza global, utilizando abordagens baseadas em evidências, transformou a maneira como os problemas socioeconômicos são abordados. Duflo mostrou que é possível fazer mudanças significativas através da aplicação rigorosa de pesquisas e dados, influenciando políticas públicas ao redor do mundo.
Além do Nobel, ela foi selecionada pela Casa Branca em 2013 para o aconselhar o então presidente, Barack Obama, em questões de desenvolvimento.
Claudia Goldin: iluminando o caminho para a igualdade
Em 2023, Claudia Goldin foi reconhecida com o Nobel de Economia por suas investigações sobre a disparidade salarial entre homens e mulheres, um tema essencial para a compreensão da dinâmica do mercado de trabalho contemporâneo. Seus estudos detalhados sobre a evolução do papel das mulheres na economia não apenas lançaram luz sobre as barreiras enfrentadas por elas, mas também sobre as possíveis estratégias para alcançar uma maior igualdade de gênero no trabalho.
