Espanha proíbe Worldcoin de recolher imagens de íris

A Espanha proibiu a Worldcoin de coletar dados biométricos dos usuários, impondo uma suspensão imediata que pode levar a multas acima de 20 milhões de euros. A medida reflete a preocupação com a privacidade e a segurança das informações pessoais.

A preocupação gira em torno da coleta de informações da íris dos usuários, especialmente de menores, e da falta de clareza sobre como esses dados são usados. A Agência Espanhola de Proteção de Dados (AEPD) acredita que a suspensão é necessária para proteger a privacidade e prevenir o uso indevido dessas informações. Jannick Preiwisch, responsável pela proteção de dados na Worldcoin, defende a empresa, dizendo que a tecnologia é segura e protege a privacidade.

Participe do nosso canal no WhatsApp e fique sempre atualizado!! Entre AQUI: https://chat.whatsapp.com/F9RHuEDvoA94uXNAZ7LDRm

A suspensão, que pode durar até três meses, visa atender queixas relacionadas à coleta de dados de menores e falta de transparência no processo. Em resposta, Jannick Preiwisch, diretor de proteção de dados da Worldcoin, contestou as acusações, defendendo a tecnologia como segura e privativa.

conteúdo patrocinado

O que é o Worldcoin?

O Worldcoin, criado por Alex Blania e Sam Altman, CEO da OpenAI, busca estabelecer uma identidade digital global através do registro da íris, com o objetivo de diferenciar humanos de inteligências artificiais na internet. Essa identidade digital, denominada World ID, e a criptomoeda WLD, oferecida como incentivo para quem se registrar, fazem parte dos esforços para compartilhar a prosperidade tecnológica. Com 10 bilhões de WLD criadas e 143 milhões já em circulação, o projeto também inclui um aplicativo de carteira digital, o World App, para o armazenamento da criptomoeda.

A WLD, além de recompensa pelo registro da íris feito pelo equipamento especializado Orb, disponível em locais selecionados, como São Paulo no Brasil, serve como um token de governança, permitindo aos usuários votar em futuras direções do projeto.

A criptomoeda também pode ser adquirida em corretoras, com seu valor de mercado variando conforme a demanda. Desde o lançamento, a WLD tem sido listada em importantes corretoras de criptomoedas, tornando-se um destaque no mercado.

Posicionamento da Worldcoin

A Worldcoin, por meio de Jannick Preiwisch, reiterou o compromisso com a segurança e a privacidade. A empresa argumenta que seu sistema de identificação é uma ferramenta vital para garantir a autenticidade humana na interação com tecnologias emergentes. Ainda assim, a falta de comunicação efetiva com reguladores, como mencionado no caso da agência espanhola, sugere desafios na gestão de preocupações de privacidade.

Investigação em andamento em Portugal

Enquanto isso, em Portugal, a Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD) está analisando se o projeto cumpre as leis locais. O órgão já fez inspeções e está em contato com outras autoridades europeias para entender melhor a situação. Dependendo dos resultados, Portugal pode seguir o exemplo da Espanha.

Reações e desdobramentos

A proibição na Espanha e as investigações em outros países, incluindo Argentina, Reino Unido, Alemanha, França e Quênia, mostram que a Worldcoin está sob o olhar atento de várias autoridades. Esses países estão examinando como a empresa lida com os dados biométricos, que são informações sensíveis.

O futuro da Worldcoin

Lançada em 2019 por Altman, a Worldcoin tem como objetivo usar a biometria para verificar identidades globalmente. Mas, com tantas investigações, o futuro da empresa está incerto. As preocupações com a privacidade estão no centro do debate, e como a Worldcoin vai lidar com esses desafios ainda é uma questão aberta. O caso destaca a importância de equilibrar inovação e direitos de privacidade em um mundo cada vez mais digital.

Participe do nosso canal no Telegram e fique sempre atualizado!! Entre AQUI: https://t.me/economicnewsbr