O deputado federal Luiz Carlos Hauly (Podemos-PR), um dos arquitetos da reforma tributária aprovada no último ano, sugere uma entrada em vigor antecipada do novo sistema fiscal, originalmente programada para acontecer gradativamente de 2027 a 2032. Em entrevista à Folha de São Paulo, Hauly argumentou que a espera de oito anos para implementar as mudanças adia soluções necessárias para o Brasil e propõe acelerar este processo pela metade do tempo previsto.
Simplificação Fiscal para Microempresas
Hauly destacou a importância da adesão das empresas do Simples Nacional ao novo regime tributário, enfatizando os benefícios econômicos de tal movimento. Ele criticou a manutenção de microempresas no modelo tributário antigo como prejudicial, defendendo uma integração total ao novo sistema para simplificar o ambiente de negócios.
Oposição ao Imposto Seletivo
Expressando uma mudança de perspectiva, Hauly revelou sua oposição ao Imposto Seletivo, um componente da reforma tributária inicialmente previsto. O deputado vê este imposto como propício à evasão fiscal e ineficaz, limitando sua aplicação apenas a produtos como cigarros e bebidas.
Futuro do Sistema Tributário
No que diz respeito à regulamentação da reforma, Hauly apoia um Imposto sobre Valor Agregado (IVA) administrado de forma dual (federal e estadual/municipal) e a implementação de uma cobrança eletrônica automatizada. Ele enfatizou a necessidade de eliminar a burocracia e promover a eficiência fiscal, argumentando que a carga tributária poderia ser reduzida significativamente com a eliminação de ineficiências do sistema atual.
Na entrevista, Hauly reiterou seu compromisso com a simplificação tributária, relembrando seu papel na criação do Simples Nacional e defendendo uma adesão ampla à reforma tributária para garantir um ambiente de negócios mais justo e eficiente.