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Indústria do café redefine processos para menos emissões

Indústria do café redefine processos para menos emissões
(Foto: Enes Coşkun/Pexels).

A indústria do café tem enfrentado problemas relacionados ao impacto ambiental de suas operações, especialmente quanto às emissões de carbono durante o processo de torra dos grãos. Grandes fabricantes de café, tanto no Brasil quanto no exterior, estão adotando medidas para substituir o uso convencional de gás por alternativas mais sustentáveis.

Segundo Thomas Koziorowski, diretor de tecnologia da Probat, líder mundial na fabricação de torradores de café, há um movimento crescente na busca por tecnologias que melhorem a eficiência energética. Essas mudanças visam a redução das emissões de carbono, além da diminuição de custos operacionais com insumos energéticos, como o gás.

A Probat, que fornece equipamentos para grandes empresas brasileiras como 3 Corações, Melitta e JDE, percebe um aumento no interesse por soluções que impactem positivamente o meio ambiente. Maximilian Josef Meyknecht, CEO da Leogap, também do grupo Probat e sediada em Curitiba, reforça essa percepção ao atender às demandas da indústria nacional.

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Atualmente, a maioria dos processos de torra utiliza propano ou gás natural. No entanto, com a crise energética acelerada pela Guerra na Ucrânia, especialmente na Europa, o questionamento sobre o uso desses combustíveis tornou-se mais intenso, motivando a busca por alternativas renováveis.

Embora a torra do café não seja a maior responsável pelas emissões na cadeia produtiva do café, é uma etapa que ainda possui espaço para melhorias. Estudos indicam que o cultivo dos grãos é o que mais emite gases de efeito estufa, correspondendo a 40% a 80% do total de emissões durante o ciclo de vida do café. As práticas de mecanização, irrigação e uso de fertilizantes são as principais fontes de emissão nessa fase.

Outro ponto crítico é o transporte do café para os principais mercados consumidores, como Estados Unidos e Europa, que não produzem o grão e dependem de importações de regiões distantes como África e América Latina.

No Canadá, a inovação também aparece como solução. A Café William investiu US$ 47 milhões em uma nova fábrica, incluindo US$ 19 milhões em tecnologias de eficiência energética. O destaque é um torrador 100% elétrico da Neuhaus Neotec. Além disso, a empresa busca minimizar as emissões de transporte utilizando um barco a vela para frete marítimo, transportando café da Colômbia para a América do Norte.

Esse projeto piloto, que inicialmente envolveu cinco contêineres de café, será expandido para 50 contêineres em uma viagem planejada para outubro deste ano.

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