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Enel é multada em R$ 13 milhões por falhas em São Paulo

Enel é multada em R$ 13 milhões por falhas no fornecimento de energia em São Paulo. Possíveis medidas adicionais estão sendo analisadas.
Em 06 de novembro de 2023, uma academia fitness funcionava parcialmente por causa da falta de energia após blecaute da Enel na Vila Saúde. (Imagem: Rovena Rosa/Agência Brasil)

Nesta terça-feira (4), a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), parte do Ministério da Justiça e Segurança Pública, multou a Enel Distribuidora São Paulo em R$ 13 milhões. A punição é resultado de falhas no fornecimento de energia e atrasos no restabelecimento do serviço na capital paulista. A empresa tem dez dias para recorrer da decisão. Segundo Wadih Damous, secretário Nacional do Consumidor, a Enel não conseguiu implementar políticas eficazes de prevenção e resposta rápida a eventos climáticos. Ele também destacou que a empresa “adotou práticas inadequadas, como a demissão de funcionários qualificados e a intensificação da terceirização”.

A multa considera os relatos de falta de energia entre dezembro de 2023 e fevereiro deste ano, excluindo episódios de março. Assim, a Senacon avaliou a condição econômica da empresa, a extensão do dano e a gravidade da conduta ao calcular o valor. Além disso, a Senacon enviará ofícios ao Ministério de Minas e Energia e à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) sugerindo possíveis medidas adicionais, como intervenção administrativa e cassação da concessão.

Resposta da Enel

A Enel informou que recorrerá da multa aplicada pela Senacon. Em nota, a empresa reafirmou o compromisso com os consumidores e anunciou um investimento de cerca de R$ 18 bilhões no Brasil entre 2024 e 2026, com 80% destinados à distribuição de energia. Em São Paulo, o investimento será de R$ 6,2 bilhões, focado em reforçar a resiliência da rede elétrica e enfrentar desafios climáticos. O investimento anual da distribuidora aumentará de R$ 1,4 bilhão para aproximadamente R$ 2 bilhões.

Em 3 de novembro do ano passado, um apagão deixou mais de 2 milhões de clientes da Enel sem energia na região metropolitana de São Paulo. Sendo assim, residências e comércios ficaram dias sem luz. Em resposta a esses problemas, a Aneel multou a Enel em R$ 165,8 milhões em fevereiro deste ano.

No início de janeiro, fortes chuvas causaram cortes de energia que afetaram milhares de pessoas na cidade de São Paulo. A Enel informou que 0,6% da base de clientes, aproximadamente 70 mil pessoas, foram afetados.

Investigações e mudanças na liderança

Durante uma onda de calor em março, moradores de bairros como Vila Buarque, Higienópolis, Santa Cecília e Consolação enfrentaram cortes de energia, afetando comércios, escolas, residências e hospitais, como a Santa Casa. Portanto, a falta de energia também afetou 35 mil pessoas, incluindo o Aeroporto de Congonhas, que teve operações suspensas por mais de uma hora.

Em abril, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, ordenou a abertura de um processo administrativo para investigar a Enel, com o objetivo de “verificar as falhas e transgressões da concessionária em relação às suas obrigações contratuais e prestação de serviço“. Sendo assim, no mesmo mês, o Procon multou a Enel em R$ 12 milhões por falhas na prestação do serviço.

Na semana passada, o diretor-presidente da Enel em São Paulo, Max Xavier Lins, renunciou ao cargo, sendo substituído por Guilherme Lencastre.

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