As bolsas da Europa fecharam em baixa nesta segunda-feira (10), reagindo aos resultados das eleições para o Parlamento Europeu. O recuo foi liderado pela bolsa de Paris, que caiu mais de 1%. A queda ocorreu em meio às incertezas políticas geradas pela decisão do presidente Emmanuel Macron de dissolver a Assembleia Nacional e convocar eleições parlamentares antecipadas.
A decisão de Emmanuel Macron de convocar eleições antecipadas para 30 de junho e 7 de julho teve um impacto imediato no mercado financeiro francês. “A surpresa de domingo foi em Paris, não em Bruxelas. Após uma derrota nas eleições europeias, o presidente francês Macron decidiu que era hora de jogar xadrez 3D e convocar eleições parlamentares antecipadas”, aponta o Rabobank.
Os investidores receberam o movimento com descrença, resultando em quedas nas ações de grandes bancos franceses. As ações do Société Générale e do BNP Paribas caíram 7,46% e 4,76%, respectivamente. Além disso, a gigante de luxo LVMH perdeu 2,12%, cedendo o posto de maior valor de mercado da zona do euro para a holandesa ASML.
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Desempenho de outras Bolsas da Europa
Em outras partes da Europa, as bolsas também enfrentaram um dia de perdas. Em Frankfurt, o DAX caiu 0,34%, enquanto em Milão, o FTSE MIB recuou 0,34%. Já em Madri, o Ibex35 registrou uma queda de 0,42%, e em Lisboa, o PSI cedeu 0,11%. Por fim, no Reino Unido, o FTSE 100 caiu 0,20%, com poucos ativos negociando em território positivo.
Eleições e Política Monetária
Os resultados das eleições parlamentares europeias indicaram que os quatro partidos pró-UE obtiveram cerca de 60% dos votos, assegurando uma maioria confortável no Parlamento Europeu. Isso mantém a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, bem posicionada para um segundo mandato.
No âmbito da política monetária, o dirigente do BCE Joachim Nagel enfatizou a necessidade de cautela após o recente corte de juros, destacando as incertezas econômicas e inflacionárias. Sendo assim, Peter Kazimir, outro membro do conselho, sugeriu que o BCE deve aguardar até o verão do Hemisfério Norte antes de considerar novos cortes, com setembro sendo um mês importante.