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IPCA-15 desacelera para 0,39% em junho

Alimentação e habitação puxam a inflação para baixo

IPCA - Inflação - IPCA-15
Os setores de alimentação e habitação puxaram a inflação para baixo (Imagem: Marcelo Casal Jr/Agência Brasil)

Em junho, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), indicador que antecipa a inflação oficial do país, mostrou uma desaceleração ao registrar um aumento de 0,39%. O valor é menor que os 0,44% observados em maio, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para fins de comparação, o IPCA-15 de maio de 2023 foi de apenas 0,04%.

Ao longo dos últimos 12 meses, a variação do IPCA-15 alcançou 4,06%, acima dos 3,70% registrados nos 12 meses anteriores. Sendo assim, o resultado ficou abaixo das expectativas dos analistas da LSEG, que previam uma inflação mensal de 0,45% e uma taxa anualizada de 4,12%.

O IPCA-E, que representa o acumulado trimestral do IPCA-15, ficou em 1,04%, uma leve queda em relação aos 1,12% registrados no mesmo período do ano anterior.

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Em junho, sete dos nove grupos de produtos e serviços analisados tiveram alta. Entretanto, os únicos grupos com variação negativa foram Transportes (-0,23%) e Artigos de residência (-0,01%).

Os grupos que mais contribuíram para a inflação no mês foram Alimentação e Bebidas (0,98%), Habitação (0,63%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,57%).

Alimentação e Bebidas

No grupo Alimentação e Bebidas, houve uma aceleração, com os preços subindo de 0,22% em maio para 1,13% em junho. Os itens que mais contribuíram para essa alta foram a batata inglesa (24,18%), o leite longa vida (8,84%), o arroz (4,20%) e o tomate (6,32%). Em contrapartida, alguns itens registraram queda, como o feijão carioca (-4,69%), a cebola (-2,52%) e as frutas (-2,28%).

A alimentação fora do domicílio também registrou aceleração, com alta de 0,59% em junho, comparado a 0,37% em maio. Os preços dos lanches subiram de 0,47% em maio para 0,80% em junho, e as refeições de 0,34% para 0,51% no mesmo período.

Habitação

O grupo Habitação apresentou alta de 0,63%, sendo influenciado principalmente pelo aumento na taxa de água e esgoto (2,29%). O aumento é resultado dos reajustes em várias cidades, como São Paulo (6,94%), Brasília (9,85%) e Curitiba (2,95%).

A energia elétrica residencial registrou aumento de 0,79%, influenciada pelos reajustes tarifários em Salvador, Recife, Fortaleza e Belo Horizonte.

No subitem gás encanado, houve uma leve queda de 0,10%, devido a uma redução média de 1,75% no Rio de Janeiro a partir de 1º de junho, após um reajuste de 0,97% em 1º de maio.

Saúde e Cuidados Pessoais

O grupo Saúde e Cuidados Pessoais teve uma alta de 0,57%, puxada pelo aumento nos preços dos planos de saúde (0,37%). O reajuste foi autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em 4 de junho e vigora a partir de maio de 2024.

Transportes

O grupo Transportes registrou uma queda de 0,23%, com destaque para a redução nas passagens aéreas (-9,87%). Todos os combustíveis apresentaram queda: etanol (-0,80%), gás veicular (-0,46%), óleo diesel (-0,42%) e gasolina (-0,13%).

No entanto, o subitem táxi teve uma alta de 0,18%, devido ao reajuste de 17,64% em Recife, que entrou em vigor em 22 de abril.

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