Em 1994, o Brasil testemunhou uma transformação econômica com o lançamento da nova moeda, o real. Projetado para estabilizar a economia e combater a inflação descontrolada que ultrapassava 2.000% ao ano, o real inicialmente permitia que a nota de R$ 1 comprasse uma quantidade considerável de mercadorias.
Naquela época, com a nota de R$ 1, uma pessoa podia comprar 10 unidades de pão francês, custando em média 10 centavos cada. Porém, após três décadas, o cenário econômico se transformou e, atualmente, o mesmo pãozinho custa até R$ 2.
Apesar disso, o valor das notas de R$ 1 aumentou, especialmente para os colecionadores. Essas cédulas, que não são mais emitidas em papel desde 2004 e foram substituídas por moedas, agora representam objetos de desejo no mercado numismático. Descubra neste texto quanto vale atualmente a nota de 1 real.
Quanto vale uma nota de 1 real?
A limitada vida útil das cédulas, que duravam cerca de 13 meses, influenciou a decisão de descontinuar as notas de papel de R$ 1, tornando sua produção onerosa para os cofres públicos. Aliás, Mariana Campos, diretora comercial da Sociedade Numismática Brasileira (SNB), menciona que a nota de R$ 1, em excelente estado de conservação e com numeração de série rara, pode alcançar o valor de até R$ 1.700.
Além disso, baixa emissão, bom estado de conservação e demanda de mercado são fatores que contribuem para a raridade e valorização de uma cédula. Outrossim, o valor histórico e a descontinuação da emissão das notas de R$ 1 aumentam seu preço no mercado de colecionadores.
Como identificar uma nota valiosa
Identificar uma cédula valiosa pode ser um desafio. Por outro lado, a raridade confere valor especial a moedas e notas com erros de fabricação. Por conseguinte, para serem consideradas bem conservadas, as notas de R$ 1 devem manter características originais e apresentar no máximo 20% de desgaste.
Estima-se que existam entre 5 e 10 mil colecionadores ativos de numismática no Brasil, um número modesto se comparado a mercados internacionais. No entanto, nos Estados Unidos, a indústria de numismática movimenta anualmente entre US$ 1,5 bilhão e US$ 2 bilhões, segundo Cristiano Bierrenbach, sócio da Heritage Auctions.
O potencial do mercado brasileiro
Embora menos expressivo, o mercado brasileiro de numismática apresenta potencial de crescimento. Assim sendo, os interessados em vender suas peças raras podem encontrar oportunidades em grandes marketplaces ou através do site da SNB, que fornece informações sobre colecionadores e eventos numismáticos em todo o país.
Detalhes históricos das cédulas de 1 real
Lançadas como parte do Plano Real, as cédulas de 1 real carregam uma história rica. Ademais, colecionadores ainda cobiçam altamente essas cédulas, mesmo após sua substituição por moedas em 2005. Características específicas como série, cor, assinaturas e estado de conservação são decisivas para determinar seu valor. Finalmente, cédulas com erros de impressão ou cortes alcançam preços elevados devido à sua valorização particular no mercado.
A ascensão das moedas no colecionismo
Por fim, as moedas de 1 real, especialmente as comemorativas, como as emitidas durante as Olimpíadas do Rio de 2016, despertam grande interesse. Além disso, a raridade dessas peças pode elevar seu valor, com algumas alcançando até R$20.000.
