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Passagem mais cara? Lufthansa introduz taxa de sustentabilidade na Europa

Aumento das tarifas visa cobrir custos de regulamentações ambientais

Lufthansa impõe taxa ambiental para superar custos de adequação ecológica. (Foto: MarcelX42/Wikimedia Commons)
Lufthansa impõe taxa ambiental para superar custos de adequação ecológica. (Foto: MarcelX42/Wikimedia Commons)

A alemã Lufthansa, a maior companhia aérea da Europa, anunciou recentemente a introdução de uma taxa ambiental de até 72 euros (US$ 77) nas tarifas de voos dentro do continente europeu. Esta medida visa cobrir os custos das crescentes regulamentações climáticas impostas pela União Europeia (UE).

Para enfrentar esses desafios, a Lufthansa tem investido bilhões em novas tecnologias e inovações que promovam a sustentabilidade no setor de aviação. A empresa também participa ativamente de pesquisas climáticas e meteorológicas globais. No entanto, a Lufthansa repassará parte desses custos crescentes das regulamentações ambientais aos passageiros através da nova taxa ambiental.

O grupo Lufthansa, que inclui as companhias aéreas Eurowings, Austrian, Swiss e Brussels Airlines, estabeleceu metas ambiciosas de proteção climática. O objetivo é reduzir pela metade suas emissões líquidas de carbono até 2030, em comparação com os níveis de 2019. Além disso, a companhia visa alcançar a neutralidade de carbono até 2050. A Lufthansa alcançará essas metas modernizando a frota, otimizando as operações de voo, usando SAF e implementando iniciativas para tornar as viagens aéreas mais sustentáveis para clientes particulares e corporativos.

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Impacto das novas tarifas da Lufthansa

A nova taxa será aplicada a todos os voos vendidos e operados pelo grupo Lufthansa. Isso significa trechos a partir de países da UE, além do Reino Unido, Noruega e Suíça. A cobrança será efetiva a partir de janeiro do próximo ano, variando entre 1 e 72 euros, dependendo da rota e tarifa do voo. A companhia esclareceu que não será capaz de arcar sozinha com os custos adicionais gerados pelas exigências regulatórias nos próximos anos.

As novas regulamentações da UE exigem que as companhias aéreas aumentem gradualmente o uso de Combustível de Aviação Sustentável (SAF). A partir de 2025, 2% do combustível utilizado nos voos que partem dos aeroportos da UE deve ser SAF. Essa porcentagem deve aumentar para 6% em 2030 e 70% em 2050. O SAF é um biocombustível que produz menos emissões de carbono em comparação com o combustível de aviação tradicional, mas sua produção ainda é mais cara.

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Repercussões para o setor aéreo

O setor de aviação, responsável por aproximadamente 2% das emissões mundiais, é um dos mais difíceis de descarbonizar. As companhias aéreas, incluindo a Lufthansa, têm alertado que os custos do SAF e outras medidas regulatórias podem aumentar substancialmente as tarifas aéreas. A produção de SAF na Europa ainda está em fase inicial, representando apenas 0,5% da demanda global de aviação em 2023, o que contribui para seu alto custo.

Além da Lufthansa, outras companhias aéreas também estão adotando medidas semelhantes. A Air France-KLM, por exemplo, já implementou uma taxa de contribuição SAF em janeiro de 2022 e está considerando ajustes para acompanhar as novas regulamentações da UE. Essas iniciativas refletem a pressão global sobre a indústria da aviação para reduzir suas emissões de gases de efeito estufa e contribuir para o combate ao aquecimento global.

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