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CADE aprova plano de recuperação judicial da Americanas

Mercado acena positivamente e ações crescem em julho.

Recuperação judicial da Americanas
(Foto: Americanas/Divulgação)
Recuperação judicial da Americanas
(Foto: Americanas/Divulgação)

O CADE aprovou, o plano de recuperação judicial proposto pela Americanas. O PRJ aprovado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica consiste na participação societária minoritária de instituições financeiras como o Itaú, Santander, Safra e BTG Pactual e aquisição do controle pelos acionistas de referência, Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Herrmann Telles  

A negociação inicialmente aprovada sem restrições passa a valer em quinze dias caso não seja contestada pelos órgãos reguladores. 

O caso Americanas

Desde 2023, a Americanas enfrenta uma crise ao se deparar com o que viria a ser um dos maiores escândalos do mercado brasileiro. As ações recentes buscam pela estabilização da marca após declaração de dívida de R$25 bilhões e solicitação da maior recuperação judicial do Brasil, atingindo R$50,9 bilhões. A Americanas realiza acusações diretas de fraude envolvendo Miguel Gutierrez, ex-CEO da empresa, e Anna Christina Ramos Saicali, ex-diretora, devido a identificação de rombos na contabilidade. 

Segundo a investigação da PF, a ex-diretora era responsável por alterar os resultados financeiros da empresa, abatendo artificialmente das contas as dívidas com fornecedores. Além disso, também foram localizadas inconsistências nas Verbas de Propaganda Cooperada (VPCs), onde em uma prática comum do setor, a varejista oferece produtos de seus fornecedores para propagandas e os valores destes produtos são devidos pela companhia quando vendidos. Contudo, foram incluídos na contabilidade empresas que nunca existiram ou com valores inflacionados. Entre os crimes identificados estão manipulação de mercado, uso de informação privilegiada, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Os executivos apontados na investigação podem enfrentar uma pena de 26 anos em caso de condenação. 

No final de junho (27), a Polícia Federal (PF) cumpriu 14 mandados de busca e apreensão contra ex-executivos e determinou a prisão preventiva de Miguel e Anna Christina, após fuga para o exterior. A ex-diretora da instituição retornou ao Brasil no último dia 30. 

Leia também: MPF solicita extradição de Miguel Gutierrez, ex-CEO das Americanas 

A manhã no mercado

Em julho as ações AMER3 atingiram o maior patamar do trimestre e seguem em curva ascendente com crescimento de médio de 6% ao dia, fechando o pregão com R$0,82 nesta segunda (22). Estima-se que os investidores da B3 encararam os posicionamentos da marca com otimismo e acenam para a cia com um pouco mais de confiança após a aprovação do Plano de Recuperação Judicial da Americanas, que oferece uma fonte de segurança em investimento e governança para uma nova fase nos negócios.