No primeiro semestre de 2024, o consumo de energia no Brasil alcançou 71.317 megawatts médios, representando um aumento de 6,8% em relação ao mesmo período do ano anterior, conforme dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).Leia
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Análise dos Setores Econômicos
Segundo a CCEE, esse crescimento foi impulsionado por dois fatores principais: o uso intensificado de ar-condicionado devido ao calor extremo e a performance positiva de 15 setores econômicos que operam no mercado livre de energia. O setor de saneamento liderou o aumento, com um crescimento de 40%, seguido pelos setores de serviços e comércio, que cresceram 24% e 23%, respectivamente.
Consumo por Regiões
Regionalmente, todas as regiões do Brasil apresentaram crescimento no consumo de energia. Os estados do Amazonas, Acre e Mato Grosso do Sul registraram os maiores aumentos, com 18%, 16,2% e 14,8%, respectivamente, devido às ondas de calor. O Rio Grande do Sul teve o menor crescimento, de apenas 0,7%, devido às tragédias climáticas que afetaram a região.
Mercado Regulado e Livre
O mercado regulado registrou um consumo de 44.551 MW médios, um aumento de 5,3% em relação ao ano anterior. Já o mercado livre consumiu 26.760 MW médios, marcando uma alta de 9,5%. Esses números não incluem a exportação de energia para a Argentina e o Uruguai, que foi de 136 MW médios.
Geração de Energia Renovável
A primeira metade de 2024 também foi marcada pelo aumento na geração de energia renovável. As hidrelétricas, principal fonte de energia do país, geraram mais de 54 mil MW médios, um aumento de 2,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. As energias solar, eólica e biomassa contribuíram com mais de 15 mil MW médios, atendendo à crescente demanda energética do país.
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Esta análise mostra como fatores climáticos e econômicos impactaram o consumo de energia no Brasil, destacando a importância das fontes renováveis na estabilidade do fornecimento energético.