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Indústria gaúcha cresce 34,9% em junho pós-enchentes

Crescimento impulsionado pela retomada das fábricas

Indústria Automotiva - asiáticas - Produção Industrial
(Imagem: Cadu Gomes/VPR)
Indústria Automotiva - asiáticas - Produção Industrial
(Imagem: Cadu Gomes/VPR)

A produção industrial do Rio Grande do Sul teve um crescimento histórico de 34,9% em junho, conforme divulgado pela Pesquisa Industrial Mensal Regional do IBGE. O aumento da indústria ocorreu após as enchentes em maio, que resultaram em paralisações generalizadas nas fábricas do estado.

Em maio, as enchentes severamente impactaram a produção industrial gaúcha, resultando em um recuo de 26,3%. Segundo a Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), 63% das fábricas no estado enfrentaram paralisações totais ou parciais. Com o retorno das operações em junho, a produção não só recuperou as perdas de maio como também alcançou um crescimento recorde.

Setores

Bernardo Almeida, analista da pesquisa do IBGE, explicou que a retomada das atividades em várias plantas industriais após as enchentes foi importante para o resultado positivo. Setores como produtos químicos, derivados do petróleo, veículos automotores, máquinas e equipamentos, e metalurgia foram os principais motores deste crescimento.

“Após a paralisação devido às inundações, a retomada das atividades industriais foi essencial para o aumento da produção em junho, registrando a maior taxa de crescimento da série histórica,” afirmou.

Impacto Nacional

O crescimento da indústria no Rio Grande do Sul, que representa 6,8% da produção industrial nacional, teve um impacto no desempenho industrial do país, que cresceu 4,1% em junho. Sendo assim, o desempenho positivo do estado foi o maior entre os 18 locais pesquisados pelo IBGE.

Desempenho comparativo

Outros estados também registraram crescimento em junho. O Pará teve a segunda maior alta, com um aumento de 9,7%, puxado pelos setores extrativo e de metalurgia. São Paulo, que abriga o maior parque industrial do Brasil, teve um crescimento de 1,3%. A alta foi influenciada pelos setores de alimentos, derivados do petróleo, veículos automotores e farmacêuticos. Portanto, o resultado colocou a indústria paulista 3,6% acima do patamar pré-pandemia.

Por outro lado, a Região Nordeste registrou uma queda de 6%, com a Bahia e Pernambuco apresentando retrações de 5,4% e 5,2%, respectivamente. O IBGE coleta dados de 17 unidades da federação que possuem, no mínimo, 0,5% de participação na produção industrial nacional, além de apurar dados para o Nordeste como um todo.

 

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Apesar do forte crescimento em junho, a produção industrial do Rio Grande do Sul ainda apresenta um recuo de 1% no acumulado do ano e de 2,3% nos últimos 12 meses. Em contraste, a média nacional cresceu 2,6% no ano e 1,5% no acumulado de 12 meses.

Com a retomada contínua das atividades e a estabilização das operações, espera-se que a indústria gaúcha continue contribuindo positivamente para a economia do estado e do país.

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