O dólar comercial, que acumulou uma queda superior a 3% na semana passada, está operando com baixa em relação ao real. Nesta segunda-feira (12), a moeda americana perdeu o suporte de R$ 5,50 e atingiu seu menor nível em quase um mês. No fechamento de ontem, o dólar estava cotado a R$ 5,483, o menor patamar desde 17 de julho.
Às 10h52, o dólar comercial apresentava uma queda de 0,51%. Na B3, o contrato de dólar futuro com primeiro vencimento (DOLc1) registrava uma baixa de 0,19%, cotado a 5.512 pontos. Na sexta-feira, a cotação do dólar à vista fechou em R$ 5,515, com uma queda de 1,05%.
Medidas do Banco Central
O Banco Central anunciou um leilão de até 12.000 contratos de swap cambial tradicional, destinado à rolagem do vencimento de 1 de outubro de 2024. Esta ação visa controlar a volatilidade do mercado cambial e garantir a estabilidade da moeda.
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Fatores de influência
Na semana passada, a volatilidade global afetou significativamente os mercados, refletindo também nos negócios no Brasil. O dólar chegou a ser cotado a R$ 5,86 na segunda-feira, impulsionado pelos receios de uma possível recessão nos EUA. No entanto, novos dados sobre a economia americana, divulgados na terça-feira, reduziram essas expectativas e restauraram o apetite por ativos de maior risco.
O enfraquecimento do iene japonês também contribuiu para o fortalecimento de moedas emergentes, como o real. A desmontagem de operações de carry trade, onde investidores tomam recursos em países com baixas taxas de juros e os reinvestem em mercados com taxas mais altas, teve um impacto positivo na valorização do real. Esta mudança ajudou a reverter as penalidades sofridas pelas moedas emergentes nas semanas anteriores.
Expectativas para dados econômicos dos EUA
Os investidores estão agora focados em novos dados sobre a inflação ao consumidor nos EUA, que serão divulgados em breve. Economistas consultados pela Reuters esperam um aumento de 0,2% no índice de preços ao consumidor para o mês, após uma queda de 0,1% no mês anterior. A projeção para a inflação anual é de alta de 3%, o mesmo valor registrado em junho.
Além disso, o mercado também aguarda os números sobre os preços ao produtor para julho, que podem influenciar as negociações, embora com impacto potencialmente menor em comparação com os dados sobre a inflação ao consumidor.