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Expansão do Mercado Livre de Energia impulsiona usinas solares no Brasil

Mercado livre deve representar 80% das usinas solares no país

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Expansão do Mercado Livre de Energia impulsiona usinas solares no Brasil /(Foto: Pixabay/Pexels).
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Expansão do Mercado Livre de Energia impulsiona usinas solares no Brasil /(Foto: Pixabay/Pexels).

O Mercado Livre de Energia no Brasil está se consolidando como o principal motor para o crescimento de projetos de usinas solares fotovoltaicas de grande porte. Rodrigo Sauaia, presidente da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), aponta que o setor está avançando rapidamente, superando o mercado regulado.

O Mercado Livre de Energia e suas vantagens 

O Mercado Livre de Energia permite que consumidores em alta tensão, com contas a partir de R$5.000,00, contratem energia diretamente com geradoras ou comercializadoras. Consumidores com subestação própria de energia, ligados na baixa tensão, também podem negociar sua energia diretamente. Essa modalidade é vantajosa em relação ao mercado regulado, onde as distribuidoras oferecem condições menos atrativas. Desde janeiro de 2024, com a aberturado do mercado, todas as unidades ligadas em alta tensão ou que possuam uma subestação própria podem migrar para o mercado livre e aproveitar seus benefícios.

Impacto no setor fotovoltaico 

O Brasil possui aproximadamente 45 gigawatts (GW) de capacidade instalada em energia solar fotovoltaica. Desse total, 30 GW estão em sistemas de geração distribuída. Esses sistemas incluem painéis solares instalados em telhados e terrenos privados. Os restantes 15 GW pertencem a usinas solares de grande porte, caracterizadas pela geração centralizada. A tendência é que o mercado livre absorva até 80% da capacidade de novos projetos centralizados no futuro próximo. 

Desafios e tendências  

Os primeiros grandes contratos para usinas solares no Brasil foram fechados no Mercado Livre de Energia em 2013. A partir de 2016, com a entrada em operação das usinas contratadas em leilões de energia do governo, a energia solar começou a ganhar destaque na matriz energética brasileira. Em 2019, a solar se tornou a opção mais econômica em leilões, atraindo mais atenção do mercado livre. 

Embora o mercado livre esteja crescendo, por outro lado, a baixa nos preços desde 2022 tem dificultado o fechamento de contratos de longo prazo. Os preços são definidos pelo preço de liquidação das diferenças (PLD), que tem oscilado perto dos mínimos estabelecidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A redução de custos da tecnologia solar, que caiu 86% na última década, e o aumento da competitividade têm compensado esses desafios. 

” A redução de custos na tecnologia solar, juntamente com o aumento da capacidade instalada, demonstra um progresso notável no setor. A redução dos preços dos módulos solares e equipamentos é um fator crucial que está impulsionando a adoção da energia solar no Brasil”; comentou Rodrigo Mello, CEO da Kroma energia.

Futuro e expectativas  

A previsão da Absolar é que em 2024 o Brasil adicione 9,4 GW de capacidade instalada em energia solar. Cerca de 6 GW serão provenientes de projetos de geração distribuída e 3,4 GW da geração centralizada. A queda nos custos de instalação e o aumento da competitividade são fatores positivos para o crescimento do setor.

Migração das PMEs para o mercado livre 

O mercado livre está atraindo pequenas e médias empresas (PMEs). Um estudo da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) revelou dados significativos. No primeiro semestre deste ano, 8.071 PMEs migraram para o mercado livre. Esse número representa um crescimento 17 vezes maior do que o registrado no mesmo período de 2023. As PMEs estão se beneficiando da redução de custos, flexibilidade na negociação de contratos, opções de energia renovável e previsibilidade nos preços.