A Petrobras anunciou, nesta sexta (19), a aprovação para a construção de usinas de geração de energia solar em três de suas refinarias. O projeto visa a redução das emissões de gases de efeito estufa nas unidades. As usinas, com capacidade total de 48 MW, estão previstas para começar a operar em 2025.
As novas instalações serão construídas nas refinarias Gabriel Passos, em Betim (MG), Abreu e Lima, em Ipojuca (PE), e Paulínia (SP). Essas unidades serão integradas aos sistemas existentes, que atualmente dependem principalmente de gás natural.
O diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, Maurício Tolmasquim, explicou o impacto da decisão. “A Petrobras é uma grande consumidora de energia, o que é uma alavanca importante para a nossa ambição de avançarmos, nos próximos anos, em projetos de geração renovável de grande materialidade”, declarou.
Além disso, a Petrobras está comprometida com a redução de 30% das emissões operacionais até 2030 e planeja neutralizar completamente suas emissões até 2050. A construção das usinas solares é financiada por um fundo interno de descarbonização, que dispõe de US$ 1 bilhão (aproximadamente R$ 5,2 bilhões). Este fundo já aprovou 33 projetos, que juntos devem reduzir cerca de 1,52 milhões de toneladas de CO² anualmente.
Recentemente, a Transpetro, subsidiária da Petrobras para transportes, inaugurou uma usina solar fotovoltaica em Guarulhos (SP). Este projeto pode fornecer energia para todo o terminal da cidade, incluindo as bombas de entrega de combustíveis e de querosene de aviação. A eletricidade gerada também suporta a maior base de carregamento rodoviário da Transpetro no Brasil.
Para os próximos cinco anos, a Petrobras reservou US$ 11,5 bilhões (R$ 60 bilhões) para investimentos em tecnologias de baixo carbono. Apesar disso, a maior parte do orçamento ainda é destinada a medidas que visam reduzir as emissões das atividades existentes.
A empresa ainda está avaliando novos projetos de grande escala para geração de energia. Em uma recente entrevista, Tolmasquim mencionou que a empresa planeja desenvolver duas unidades produtoras de hidrogênio verde, uma no Nordeste e outra no Sudeste, destacando o potencial competitivo do hidrogênio verde baseado em estudos recentes.