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Emendas Parlamentares: conheça a lei que mudou o jogo da fiscalização nos municípios

A importância da transparência na aplicação dos recursos públicos

Fiscalização das emendas parlamentares nos municípios.
(Foto: Nishant Aneja/Pexels)
Fiscalização das emendas parlamentares nos municípios.
(Foto: Nishant Aneja/Pexels)

A Lei nº 9.452, de 20 de março de 1997, de autoria do saudoso deputado federal Jackson Pereira (PSDB), trouxe uma mudança importante na forma como os municípios brasileiros monitoram os recursos federais. A lei exige que as Câmaras Municipais sejam obrigatoriamente notificadas sobre a liberação desses recursos, a medida garante uma fiscalização mais rigorosa das emendas parlamentares e fortalece a transparência no uso do dinheiro público.

A Importância da Lei nº 9.452/1997

Desde sua implementação, a Lei garante que os recursos enviados aos municípios sejam supervisionados, não apenas pelo prefeito e pelos parlamentares federais, mas também pelas Câmaras Municipais. Isso garante que os vereadores, responsáveis pela fiscalização da administração pública, possam monitorar as emendas parlamentares de forma adequada. Assim, eles utilizam os recursos de maneira eficiente, o que, além disso, minimiza a possibilidade de desvios e má aplicação.

Como Funciona a Fiscalização

A legislação determina que os órgãos federais e outras entidades da administração direta notifiquem as Câmaras Municipais sobre qualquer liberação de recursos financeiros para os municípios dentro de um prazo de dois dias úteis. As prefeituras que recebem esses recursos precisam informar partidos políticos, sindicatos e entidades empresariais locais. Isso permite maior participação e vigilância da sociedade civil.

Curiosidades das Emendas Parlamentares

Recentemente, conforme publicado pelo G1, foram identificados casos de parlamentares que destinaram verbas a municípios de estados nos quais não foram eleitos, levantando questões sobre a real motivação desses envios. Deputados como Delegado Ramagem (PL-RJ), Bia Kicis (PL-DF) e Marcos Pollon (PL-MS) direcionaram recursos para São Paulo. Esses recursos totalizam R$ 1,65 milhão para a produção de um documentário cultural. Casos como o de Vinícius Gurgel (PL-AP), que enviou R$ 4 milhões para Aquiraz, no Ceará, também despertaram dúvidas. Isso é especialmente relevante considerando as necessidades do Amapá.

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O Papel das Câmaras Municipais

As Câmaras Municipais são responsáveis por representar ao Tribunal de Contas da União qualquer descumprimento da lei. Elas reforçam seu papel como guardiãs da correta aplicação dos recursos públicos. Portanto, é essencial evitar desvios para que as comunidades locais possam, de fato, se beneficiar diretamente do dinheiro público. Além disso, as emendas parlamentares preveem um fortalecimento da transparência no uso desses recursos.

Confira a Lei nº 9.452/1997 na íntegra AQUI!