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Com aporte à Liqi, Pátria Investimentos aposta no crescimento do mercado de criptomoedas

Investimento de R$ 11 milhões marca a entrada do Pátria em ativos digitais e blockchain

Pátria investe no mercado de criptmoedas. (Foto: Divulgação)
Pátria investe no mercado de criptmoedas. (Foto: Divulgação)
Pátria investe no mercado de criptmoedas. (Foto: Divulgação)
Pátria investe no mercado de criptmoedas. (Foto: Divulgação)

A Pátria Investimentos, gestora renomada por sua atuação em private equity e ativos alternativos, deu um passo estratégico em direção ao mercado de criptomoedas e blockchain. Recentemente, a gestora realizou um aporte de R$ 11 milhões na Liqi, uma das tokenizadoras, de acordo com eles, mais promissoras do Brasil. Este investimento faz parte do quarto fundo de venture capital da gestora. Ele representa a entrada oficial do Pátria no segmento de ativos digitais, marcando o início de sua participação em um mercado em rápida expansão.

Mas o que é a Liqi?

A Liqi, fundada em 2021 por Daniel Coquieri, ex-BitcoinTrade, vem se destacando no mercado de criptomoedas, especialmente na tokenização de ativos de renda fixa e na oferta de tecnologia Crypto as a Service (CaaS). A startup já emitiu cerca de R$ 250 milhões em tokens. Além disso, ela abrange uma variedade de ativos como recebíveis, duplicatas, notas comerciais e cédulas de crédito bancário (CCB). Com grandes expectativas, a Liqi projeta encerrar o ano de 2024 com emissões que somam R$ 500 milhões.

O ciclo de aplicações

A rodada de investimento que incluiu o Pátria foi uma extensão da série A. O foco foi ampliar a oferta de produtos da Liqi, diversificar suas fontes de receita e expandir sua base de clientes. Entre os investidores anteriores estão nomes de peso como Itaú, Galápagos, Oliveira Trust e Honey Island. Com esses aportes, a Liqi alcançou um total de R$ 57,5 milhões. Além disso, seu valuation se aproxima dos R$ 200 milhões, conforme estimativas do mercado.

O que a Pátria viu na tokenizadora?

A aposta do Pátria na Liqi não é apenas um investimento financeiro, mas também um passo em direção ao futuro da digitalização financeira. De acordo com Pedro Melzer, sócio responsável pela área de venture capital do Pátria, o investimento na Liqi é visto como um “primeiro cheque” que pode preceder outros aportes. Melzer destacou o profundo conhecimento de tokenização da Liqi. Ele pontua a competência de seus sócios como fatores decisivos para a escolha da startup.

O Pátria, que atualmente administra R$ 215 bilhões em ativos, vê na Liqi uma oportunidade de sinergia com outras fintechs de seu portfólio, como Avenue, Creditas e Hashdex. Além disso, o potencial da tokenização de ativos do mundo real já supera US$ 130 bilhões em capitalização. Dessa maneira, pode atingir US$ 1 trilhão até 2030, conforme projeções de J.P. Morgan e Citigroup. Isso reforça a confiança do Pátria no mercado de criptomoedas.

Segundo Coquieri, CEO da Liqi, uma das principais vantagens competitivas da startup é a criação de tokens diretamente na blockchain. Isso acontece por meio de contratos inteligentes que garantem maior segurança, transparência e eficiência nas operações. Este diferencial coloca a Liqi em uma posição de destaque no cenário de tokenização.

Lucro do 4° Trimestre

Além de suas novas incursões no mercado de ativos digitais, o Pátria Investimentos apresentou resultados financeiros robustos no quarto trimestre de 2023. A gestora encerrou o período com um lucro líquido de US$ 47 milhões, representando um crescimento de 1,1% em relação ao mesmo período de 2022. No acumulado do ano, o lucro atingiu US$ 118,4 milhões, um aumento expressivo de 27,3%.

No terceiro ano como companhia listada na Nasdaq, o Pátria também conseguiu aumentar suas “fee related earnings” (FRE) para US$ 148 milhões, com uma margem de 60%. Este crescimento, impulsionado principalmente por iniciativas orgânicas, foi um passo importante no cumprimento das metas plurianuais estabelecidas em 2022, que visam atingir ganhos relacionados a taxas superiores a US$ 200 milhões até 2025.