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Seguro de automóveis: preços caem 1,26% em agosto

Carros - Automóveis - Veículos - Fenabrave - Anfavea - seguro de automóveis
(Imagem: Rafa Neddermeyer/ Agência Brasil)
Carros - Automóveis - Veículos - Fenabrave - Anfavea - seguro de automóveis
(Imagem: Rafa Neddermeyer/ Agência Brasil)

Os preços dos seguros de automóveis registraram uma queda de 1,26% em agosto, revertendo a alta acentuada de 4,62% ocorrida em julho. Os dados foram divulgados na última terça-feira (27) pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15). Essa queda representa a maior retração mensal deste ano, marcando a quinta queda nos últimos oito meses.

O comportamento do seguro auto em 2024 tem oscilado, com aumentos e quedas mensais. Nos últimos 12 meses, a inflação do seguro auto acumulou uma alta de apenas 0,06%, muito inferior aos 4,35% registrados pelo IPCA-15 no mesmo período. A seguir, os índices mensais de 2024:

  • Janeiro: +1,63%
  • Fevereiro: -0,63%
  • Março: -0,21%
  • Abril: +0,56%
  • Maio: -0,28%
  • Junho: -0,76%
  • Julho: +4,62%
  • Agosto: -1,26%

 

O Bradesco BBI atribui a queda em agosto ao aumento de julho, que superou a média histórica para o mês. As enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul em maio impulsionaram, em parte, a alta de julho, resultando em um aumento nas indenizações de seguro auto.

Impactos

As enchentes no Rio Grande do Sul foram um fator determinante para o aumento de preços observado em julho. Segundo a Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), as indenizações pagas entre janeiro e maio ultrapassaram R$ 1,7 bilhão, um aumento de 104% em comparação a 2023. A consultoria Bright Consulting estima que a tragédia resultou na perda de cerca de 200 mil veículos, dos quais apenas 30% estavam segurados.

Projeções

Embora o mercado de seguros tenha apresentado oscilações recentes, o Bradesco BBI prevê uma normalização nos preços dos seguros de automóveis. Após os reajustes ocorridos em 2021 e 2022, causados pelo aumento nos preços de veículos e peças, espera-se que os preços se estabilizem.

Com a frota de automóveis no Brasil crescendo a um ritmo lento, a normalização dos preços pode pressionar os prêmios de seguros, mas não em níveis extremos. Mesmo que os preços dos veículos permaneçam estáveis, os prêmios de seguros devem experimentar um crescimento mais controlado em comparação aos anos anteriores.