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Setor de serviços cresceu e bateu recorde em julho; por que isso é bom?

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
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O setor de serviços cresceu 1,2% em julho na comparação com junho. Foi a segunda alta seguida: em junho, havia aumentado 1,7%. O resultado de julho é o ponto mais alto da série histórica. Nesses dois meses, o setor somou crescimento de 2,9%, posicionando-se 15,4% acima do patamar pré-pandemia (fevereiro de 2020).

Em relação a julho de 2023, a expansão foi de 4,3%. Considerando o acumulado de 2024, a alta é de 1,8%. Nos últimos 12 meses, a expansão é de 0,9%. Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços, divulgada nesta quarta-feira (11), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Por que o crescimento do setor de serviços é bom para a economia?

O setor de serviços concentra atividades como transporte, turismo, restaurantes, salões de beleza, hospitais, serviços bancários, entre outros. Em suma, ele não contempla a venda de produtos físicos e atende uma necessidade específica do consumidor.

O segmento é importante para a economia por sua diversidade de atividades e porque é o que mais gera empregos. Ele também se relaciona com outros setores, como a indústria, e tem participação relevante no PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro. Por isso, é um importante termômetro da atividade econômica no país.

No turismo, alta de preços traz impacto

O Indicador de Atividades Turísticas (Iatur), também contemplado pela pesquisa do IBGE, teve retração de 0,9% na passagem entre junho e julho. O gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, atribui o mau desempenho ao aumento de preços das passagens aéreas e do aluguel de veículos, com altas médias de 19,39% e 6,93%, respectivamente.

Ainda assim, o resultado é positivo em comparação com o nível pré-pandemia, com alta de 6,8% e apenas 1% abaixo do ponto mais alto da série, alcançado em fevereiro de 2014.

Os locais pesquisados para o Iatur são: Amazonas, Pará, Rio Grande do Norte, Alagoas, Mato Grosso, Ceará, Bahia, Pernambuco, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Goiás e o Distrito Federal.

Outras atividades

A pesquisa do IBGE monitora o comportamento de 166 tipos de serviços. Serviços profissionais, administrativos e complementares cresceram 4,2%. Dentro desse setor, as principais atividades foram agenciamento de espaços de publicidade e intermediação de negócios em geral. O salto se deve à retificação de números subestimados de uma grande empresa do ramo de agenciamento de espaços de publicidade.

“As empresas têm usado muito as plataformas digitais para fazer anúncios”, analisa o gerente da pesquisa.

O setor de informação e comunicação foi outro destaque, com alta de 2,2% na passagem entre julho e junho. Segundo Lobo, julho é mês de férias escolares, o que impulsiona viagens de férias e visitas ao cinema, por exemplo, justificando o bom desempenho do setor de serviços nesse período.

“Os dados macroeconômicos [aumento de empregos e renda], de alguma forma, corroboram para uma conjuntura positiva, especialmente para os setores de informação e comunicação; e serviços profissionais, administrativos e complementares”, avalia o responsável pela pesquisa do IBGE.