A taxa de desemprego nos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) registrou uma leve queda, passando de 5% em julho para 4,9% em agosto, conforme relatório divulgado nesta terça-feira (15). A organização, que tem sede em Paris, observou que essa estabilidade no desemprego tem se mantido desde abril de 2022, com o índice variando em torno dos 5%.
A OCDE tem monitorado os indicadores econômicos de seus membros, e o desemprego é uma das principais métricas para avaliar a saúde das economias. Essa recente queda, ainda que pequena, reflete um cenário econômico de leve recuperação, com alguns países demonstrando maior estabilidade no mercado de trabalho.
Desempenho desigual entre os membros
Apesar da leve queda global na taxa de desemprego, os dados mostram que o comportamento do índice varia entre os membros da OCDE. Em 21 dos 38 países, a taxa de desemprego permaneceu estável de julho para agosto. No entanto, seis países viram uma redução no número de desempregados, enquanto quatro registraram um aumento.
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Entre os países que apresentaram melhora, destacam-se os Estados Unidos e o Canadá, onde o mercado de trabalho vem se fortalecendo. Por outro lado, países como a Alemanha e a Coreia do Sul tiveram um aumento na taxa de desemprego, embora de forma modesta.
Estabilidade da taxa de desemprego desde 2022
O relatório da OCDE ressalta que a taxa de desemprego nos países do grupo tem se mantido em torno de 5% desde abril de 2022, mostrando uma estabilidade nos mercados de trabalho, mesmo diante de desafios como a inflação, as crises energéticas e os efeitos da pandemia de COVID-19.
Essa estabilidade é um reflexo da recuperação econômica lenta, mas consistente, após o impacto da pandemia. Muitos países implementaram políticas de estímulo econômico e programas de suporte ao emprego que ajudaram a conter um aumento maior no desemprego.
Perspectivas para os próximos meses
A expectativa da OCDE é de que a taxa de desemprego continue a se manter em níveis semelhantes nos próximos meses. Além disso, a entidade reforça que o avanço da automação e das tecnologias digitais pode influenciar os mercados de trabalho.
Ainda que a taxa esteja próxima de 5%, o relatório destaca que muitos países membros ainda enfrentam desafios para reduzir o desemprego estrutural, especialmente entre jovens e trabalhadores menos qualificados. Países como a Espanha e a Grécia continuam apresentando taxas de desemprego mais altas em comparação com a média da OCDE.