O governo federal anunciou uma linha de crédito especial para comerciantes prejudicados pelo apagão em SP, que começou no dia 11 de outubro. A iniciativa visa apoiar micro e pequenos empreendedores da Grande São Paulo que perderam bens ou foram impactados pela falta de energia. A medida não se aplica a pessoas físicas, conforme esclarecido pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Apoio financeiro para comerciantes
O apagão em SP deixou milhões de pessoas sem eletricidade, e até o dia 17 de outubro, cerca de 36 mil clientes estavam sem energia. Diante dessa situação, o presidente Lula anunciou a criação de uma linha de crédito no valor de R$ 150 milhões para ajudar os comerciantes que sofreram prejuízos.
Lula afirmou que o objetivo é fornecer uma solução para os empresários que perderam equipamentos e mercadorias, garantindo a recuperação financeira de suas atividades. Segundo o presidente, a medida segue o mesmo modelo adotado para ajudar o Rio Grande do Sul.
Quem pode acessar o crédito
Fernando Haddad explicou que destinarão o crédito exclusivamente às empresas da Grande São Paulo. O objetivo é alavancar até R$ 1 bilhão em créditos para o setor econômico local. As 380 mil empresas afetadas pela interrupção de energia terão acesso a esses recursos, com os bancos ampliando o valor total de crédito disponível, graças à garantia de R$ 150 milhões oferecida pelo governo.
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Para pessoas físicas, Haddad destacou que a responsabilidade de reposição de bens danificados pela falta de energia cabe às concessionárias de energia, como a Enel. Portanto, a linha de crédito se concentrará em atender às necessidades econômicas das empresas.
Impactos econômicos e recuperação depois do apagão em SP
O apagão atingiu cerca de 3,1 milhões de clientes e causou estragos na infraestrutura elétrica de São Paulo, com danos em linhas de alta tensão, transformadores e postes. A Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo (Fhoresp) já solicitou ao governo estadual a prorrogação do pagamento de impostos para os estabelecimentos do setor, que acumulam prejuízos estimados em R$ 150 milhões.
Com a linha de crédito, o governo espera que os comerciantes possam se recuperar e evitar perdas ainda maiores. A expectativa é que o crédito esteja disponível já na próxima semana, após a assinatura de liberação dos recursos pelo presidente Lula.