As ações da Azul Linhas Aéreas (AZUL4) fecharam em alta expressiva nesta segunda-feira, após a empresa firmar um acordo com detentores de títulos de dívida para obter até US$ 500 milhões em novos financiamentos. Esse acordo permitirá à companhia reduzir sua dívida e fortalecer seu caixa, afastando a possibilidade de recuperação judicial ou de uma fusão com a Gol. As ações subiram 13,99%, fechando a R$ 6,11 na Bolsa de Valores de São Paulo.
Como aconteceu o financiamento da Azul?
O CEO da Azul, John Rodgerson, revelou ao O Globo que havia das expectativas de falência, mas todos os fornecedores estão colaborando para o financiamento da Azula, considerando que essa solução é mais vantajosa para eles. A capitalização faz parte de um acordo recente da companhia com arrendadores, eliminando quase US$ 550 milhões em dívidas em troca de uma participação acionária de cerca de 20%, o que analistas consideram essencial para fortalecer o caixa da empresa.
Pelo novo acordo que garantiu o financiamento, a Azul receberá US$ 150 milhões nesta semana e outros US$ 250 milhões até o final do ano, com um potencial adicional de US$ 100 milhões posteriormente. Todavia, a empresa também informou que pode converter até US$ 800 milhões de dívida em ações se continuar melhorando seu fluxo de caixa e reduzindo custos em US$ 100 milhões anuais.
A Azul planeja alcançar essa redução de custos por meio de negociações com arrendadores e fabricantes, como Embraer, Airbus e GE. Além do financiamento da Azul, a empresa firmou um acordo para melhorar seu fluxo de caixa em US$ 150 milhões. Mas também reduz obrigações com arrendadores e fornecedores nos próximos 18 meses. A Azul, uma das maiores companhias aéreas da América Latina, vinha buscando fortalecer suas finanças, afetadas pela alta do dólar frente ao real.