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Países se unem a fundo de preservação de florestas tropicais

COP16: Conheça o Fundo Florestas Tropicais para Sempre e o apoio de cinco países à conservação de ecossistemas tropicais
COP16 tem discussão sobre fundo de preservação de florestas tropicais
Cenas da Amazônia. Floresta margeada pelo Rio Negro Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom

O Fundo Florestas Tropicais para Sempre (Tropical Forest Finance Facility – TFFF) ganhou o apoio de cinco novos países — Alemanha, Colômbia, Emirados Árabes Unidos, Malásia e Noruega — durante a 16ª Conferência das Nações Unidas sobre Biodiversidade (COP16), realizada em Cali. Esses países se comprometeram a contribuir financeiramente para a conservação de ecossistemas tropicais.

O anúncio foi feito nessa segunda-feira (28), no âmbito da COP16, durante a apresentação do fundo pela ministra brasileira do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva.

“O TFFF oferece incentivos financeiros inovadores em larga escala para que países em desenvolvimento preservem suas florestas tropicais, pagando anualmente um valor fixo por hectare de floresta conservada ou restaurada”, afirmou a ministra.

Ao contrário de outros mecanismos de financiamento climático, que baseiam o pagamento na captura de carbono, o TFFF calcula o valor com base na área conservada por hectare. O monitoramento será simplificado, utilizando imagens de satélite para verificar as áreas protegidas, conforme os critérios estabelecidos por cada país.

Como será a proporção dos recursos do fundo anunciado na COP16?

Os recursos do fundo serão proporcionais à extensão das áreas protegidas e virão de países desenvolvidos. Além disso, haverá a possibilidade de aportes extras para programas de prevenção ao desmatamento. Mas também promoção da bioeconomia e apoio a povos indígenas e comunidades locais que ajudam a conservar florestas tropicais.

A ministra do Meio Ambiente da Colômbia, Susana Mohammad, elogiou o fundo durante a COP16. Ela diss que ele representa “uma forma de valorizar a natureza sem transformá-la em mercadoria”.

Segundo Marina Silva, o TFFF será uma ferramenta estratégica no combate tanto à crise da biodiversidade quanto à crise climática. “O fundo promove a convergência entre as convenções, contribuindo ao mesmo tempo para as metas de Kunming-Montreal da Convenção de Biodiversidade e para o Acordo de Paris, sem estar diretamente atrelado a esses tratados”, explicou em meio à COP16.

A ideia do fundo surgiu durante a Cúpula da Amazônia, realizada em Belém, Pará, em agosto de 2023. Todavia, o lançamento oficial do governo brasileiro veio durante a 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP28), nos Emirados Árabes Unidos, em dezembro.

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