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COP16: Marina propõe criação de fundo para povos tradicionais

Ministra do Meio Ambiente defende fundo para povos tradicionais na proteção da biodiversidade global. Veja os benefícios da iniciativa
Na COP16, Marina Silva, à direita da imagem, defende a criação de fundo para povos originários
Felipe Werneck/MMA

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, defendeu nesta terça-feira (29) que os povos tradicionais recebam remuneração por sua contribuição à proteção da biodiversidade global, em conformidade com a implementação da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB). Durante a COP16, em Cali, Colômbia, ela destacou a necessidade de um fundo para povos tradicionais e uma repartição justa dos benefícios gerados pela exploração de recursos naturais e conhecimentos tradicionais associados.

Segundo Marina, os povos indígenas e comunidades tradicionais, incluindo afrodescendentes, desempenham um papel central na preservação dos ecossistemas. Por isso, devem ser incluídos de forma mais efetiva nas decisões da CDB, com atenção especial ao reconhecimento e à repartição de benefícios. Inclusive, no acesso a sequências digitais de informações genéticas (DSI). Um dos pontos centrais da discussão é a criação de um Fundo DSI para proteger o patrimônio genético e assegurar a remuneração desses povos.

O Caucus Indígena, que reúne cerca de 500 representantes indígenas de várias regiões, também pleiteia que um terço dos recursos desse fundo se destine aos povos tradicionais. Outro desafio é a inclusão de comunidades quilombolas e coletivos afrodescendentes nos termos da convenção, uma proposta liderada pela Colômbia e apoiada pelo Brasil.

Outra ações para além do fundo para povos tradicionais

Em seu discurso na COP16, Marina Silva destacou não apenas o fundo para povos tradicionais, mas também o Mecanismo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), uma iniciativa que visa garantir financiamento contínuo para países tropicais que preservam suas florestas. O projeto, liderado pelo Brasil, já conta com a adesão de cinco novos países: Alemanha, Colômbia, Emirados Árabes, Malásia e Noruega.

Além do fundo para povos tradicionais, ela também mencionou a promoção de diálogos inéditos entre ministros de Finanças, Clima e Meio Ambiente durante a presidência do Brasil no G20,. Além disso, ressaltou as iniciativas como o Plano Nacional de Recuperação de Vegetação Nativa. Mas também o programa Arpa, que busca a inclusão socioeconômica das comunidades amazônicas. Entre as metas do Brasil está o compromisso de zerar o desmatamento até 2030.

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