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Recuperação judicial no agronegócio cai 40,7% no 3º tri

Pedidos de recuperação judicial no agronegócio caíram 40,7% no 3º trimestre, mas cenário econômico ainda demanda atenção e análise cuidadosa.
Inadimplência do produtor rural cresce em 2024 com safra ruim e juros altos, impactando crédito agrícola e projeções para o setor.
(Imagem: Pixabay)

Os pedidos de recuperação judicial no agronegócio, abrangendo tanto produtores pessoa física quanto jurídica, além de empresas do setor, caíram 40,7% no terceiro trimestre de 2024 em comparação com o segundo, totalizando 254 solicitações. Os dados, divulgados nesta terça-feira (12) pela Serasa Experian, sugerem um possível esfriamento após uma sequência de aumentos anteriores.

Recuperação judicial: um cenário cauteloso para o agronegócio

Apesar do recuo nos pedidos, Marcelo Pimenta, responsável pelo setor de agronegócio da Serasa Experian, enfatiza a necessidade de cautela. Segundo ele, a economia agrária responde a variações de forma mais lenta, e o cenário econômico atual requer análises cuidadosas para evitar expectativas irreais. 

“Os dados mostram um trimestre positivo, mas precisamos lembrar que mudanças na economia não costumam ocorrer em intervalos curtos”, comenta Marcelo Pimenta.

Ele diz que o aumento no segundo trimestre pode ter sido causado por uma demanda mais baixa, o que pode ter prejudicado as comparações. “O ideal é acompanhar os próximos meses para obter conclusões mais precisas.”

Comparação anual no setor agrícola

Mesmo com a queda em relação ao trimestre anterior, os pedidos de recuperação judicial dobraram em comparação ao mesmo período de 2023, que registrou 123 solicitações. O contexto econômico, caracterizado por preços mais baixos das commodities agrícolas, como soja e milho, e pelas orientações do Banco do Brasil sobre o uso responsável da recuperação judicial, contribuiu para o aumento anual.

A recuperação judicial é uma ferramenta valiosa para empresas em dificuldades, mas pode impactar as relações econômicas entre produtores e credores, especialmente quando utilizada sem o devido planejamento.

Condições climáticas e econômicas no agronegócio em 2024

Em 2024, fatores como eventos climáticos extremos, altas taxas de juros e o aumento dos custos de produção intensificaram os desafios financeiros dos produtores. Embora o número de pedidos de recuperação judicial no terceiro trimestre indique algum alívio, essas condições econômicas continuam desafiando a sustentabilidade do setor no agronegócio.

Redução de pedidos entre produtores pessoa física e jurídica

Entre os produtores pessoa física, houve uma redução de 50,4%, totalizando 106 solicitações no terceiro trimestre. Em relação aos produtores pessoa jurídica, os pedidos caíram de 121 para 92 no mesmo período. Já entre as empresas ligadas ao agronegócio, a queda foi de 40,4%, resultando em 56 pedidos.

Recuperação judicial no agronegócio: contribuição das linhas de crédito

Marcelo Pimenta ressalta que a avaliação rigorosa das linhas de crédito é importante para prevenir novos pedidos de recuperação judicial. Ele destaca que uma abordagem criteriosa fortalece a saúde financeira do agronegócio e reduz riscos, protegendo o setor contra financiamentos de perfil instável. A Serasa Experian utiliza as estatísticas mensais de pedidos de recuperação judicial, registrados em sua base de dados e nos tribunais estaduais, como base para as análises.

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