No evento Hydrogen Dialogue, que aconteceu na Alemanha na quarta-feira (04/12), firmou-se um acordo entre o SENAI Ceará, Tüv Rheinland e a Agência de Cooperação Alemã (GIZ) para um projeto voltado ao treinamento em segurança e saúde ocupacional no uso de hidrogênio verde em portos brasileiros. A parceria, inserida no programa H2Uppp, conta com financiamento do Ministério Federal da Economia e Ação Climática da Alemanha (BMWK) e visa capacitar trabalhadores, com início no Porto do Pecém, no Ceará.
“Agradeço e parabenizo o nosso Presidente da FIEC, Ricardo Cavalcante, pelo protagonismo na transição energética e visão estratégica na pauta do desenvolvimento industrial. Obrigado pela ajuda e confiança no trabalho do nosso time SESI e SENAI Ceará”, afirma Paulo André Holanda, Diretor Regional do SENAI Ceará e Superintendente Regional do SESI Ceará.
O que é o acordo para hidrogênio verde?
O projeto, apresentado por Isabela Maciel, assessora do SENAI Ceará, teve o apoio de várias empresas e instituições. Com um aporte de 400 mil euros, mas sendo metade fruto do financiamento da Alemanha e o restante pelos parceiros, o projeto incluirá a formação de instrutores e visitas técnicas a portos na Alemanha para imersão nas melhores práticas de infraestrutura.
O Hub de Hidrogênio do Pecém visa gerar 10 GW de eletrólise para a produção de H2V e derivados. O programa de treinamento será expandido para outras empresas. Mas também servirá para portos no Brasil e no exterior.
Holanda também destacou o cenário promissor do projeto: “No Ceará, vivemos um momento promissor com o desenvolvimento do Hub de Hidrogênio Verde no Porto do Pecém.”
Ele também enfatiza que 80 mil empregos serão criados, com a colaboração do Governo Alemão e da GIZ. O projeto inclui a criação de um curso especializado no manejo de hidrogênio e seus derivados.
Kurt Pichler, da TÜV Rheinland, destaca a importância do acordo de hidrogênio verde.
“Esta iniciativa em portos brasileiros não apenas fortalecerá a economia local. Mas também estabelecerá um marco de melhores práticas internacionais no manejo seguro do hidrogênio verde”, destacou Pichler.
O BMWK apoia o acordo que busca fortalecer o mercado de hidrogênio verde. Mas também gerar benefícios econômicos, como a criação de empregos e o crescimento de negócios locais e internacionais. Nesse cenário a parceria com o sistema Fiec é de relevância.