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Itaú acusa ex-diretor de irregularidades em contratos milionários

Ex-diretor financeiro do Itaú é acusado de gestão fraudulenta e conflitos de interesse. Banco inicia medidas legais para reparação de danos.
Ex-diretor financeiro do Itaú.
O caso foi reportado ao Banco Central, ao Coaf e à Comissão de Valores Mobiliários, enquanto as evidências estão sendo cuidadosamente avaliadas por especialistas. (Imagem: Divulgação)

O Itaú Unibanco está no centro de uma polêmica após acusar seu ex-diretor financeiro Alexsandro Broedel de envolvimento em irregularidades em contratações de pareceres técnicos. As suspeitas incluem gestão fraudulenta, lavagem de dinheiro e associação criminosa. A instituição já iniciou medidas legais, com uma ação civil sendo cogitada para janeiro de 2025.

Quem é o ex-diretor financeiro do Itaú?

Alexsandro Broedel é um executivo brasileiro com uma carreira consolidada no mercado financeiro. Ele atuou como diretor financeiro do Itaú Unibanco por 12 anos, período no qual foi responsável por decisões estratégicas e pela gestão de operações financeiras de grande porte.

Economista e contador de formação, Broedel também possui uma sólida trajetória acadêmica, com doutorado em Contabilidade pela Universidade de São Paulo (USP) e pós-doutorado pela Universidade de Manchester, no Reino Unido.

Em 2023, ele anunciou sua saída do Itaú para assumir um cargo executivo global no Santander, em Madri, destacando-se como um dos principais nomes do setor bancário internacional.

As alegações do Itaú contra Broedel

A investigação interna do Itaú começou em agosto e revelou que Broedel teria aprovado pagamentos de R$ 13,26 milhões à Care, empresa de seu sócio Eliseu Martins, sem declarar a relação comercial. A análise também apontou que 20 dos 40 pareceres contratados não foram localizados e que quatro foram pagos antecipadamente.

Além disso, a apuração identificou que Broedel teria recebido R$ 4,86 milhões por meio de transferências da Care e de outra empresa de Martins, a Evam. As movimentações ocorreram em datas próximas aos pagamentos realizados pelo Itaú às empresas, levantando suspeitas de um “rebate” de 40% sobre os contratos firmados.

O banco protocolou um protesto interruptivo de prescrição, garantindo que as possíveis irregularidades ocorridas há mais de três anos não prescrevam. Também solicitou a anulação da aprovação das contas de Broedel referentes a 2021-2023, medida que busca recuperar valores supostamente pagos de forma indevida.

A defesa de Broedel, ex-diretor financeiro do Itaú

Alexsandro Broedel reagiu rapidamente às acusações. Em nota, classificou as denúncias como “infundadas e sem sentido” e anunciou que tomará medidas judiciais em defesa de sua honra. Ele afirmou que os serviços prestados pela Care eram conhecidos por diferentes áreas do Itaú e requisitados formalmente.

Segundo o ex-diretor, as transferências financeiras identificadas pelo banco eram, na verdade, apenas movimentações entre sócios. Broedel questionou o momento das acusações, destacando que as levantaram logo após ele anunciar sua saída do Itaú para assumir um cargo no Santander, em Madri.

Próximos passos no caso

O Itaú planeja entrar com uma ação civil no início de 2025, buscando uma indenização total de R$ 11,46 milhões – R$ 6,6 milhões pelos pareceres não entregues e R$ 4,86 milhões pelas transferências suspeitas.

O caso foi reportado ao Banco Central, ao Coaf e à Comissão de Valores Mobiliários, enquanto as evidências estão sendo cuidadosamente avaliadas por especialistas. Além disso, a ação promete desdobramentos legais e poderá se estender por anos, devido à complexidade envolvida.

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