A Polícia Federal desmantelou um esquema criminoso de desvio de recursos públicos que movimentou cerca de R$ 1,4 bilhão, envolvendo contratos superfaturados e fraudes licitatórias. A operação, realizada em 10 de dezembro de 2024, resultou na prisão de 15 pessoas em estados como Bahia, São Paulo e Goiás.
O alvo principal da operação foi a organização criminosa que, apenas em 2024, firmou contratos no valor de R$ 825 milhões com entes públicos. Além disso, a Justiça Federal ordenou a apreensão de R$ 162 milhões, que correspondem a uma porção dos fundos desviados.
Como funcionava o esquema de desvios de recursos públicos?
De acordo com as investigações, o grupo criminoso utilizava métodos sofisticados para desviar dinheiro de projetos de infraestrutura, como obras em estradas vicinais, contratadas pelo Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS). O desvio se dava por meio de contratos superfaturados e a cooptação de servidores públicos que facilitavam a liberação de recursos. Os investigados utilizaram empresas de fachada e movimentações financeiras suspeitas para ocultar a origem dos valores desviados.
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Além do superfaturamento de contratos, a organização também praticava a lavagem de dinheiro através de empresas com grande fluxo financeiro em espécie e a criação de um complexo sistema de “laranjas” para dissimular os recursos ilícitos.
Identificação e consequências do esquema
Apenas dois dos alvos, Itallo Moreira de Almeida e Ailton Figueiredo Souza Junior, ainda permanecem foragidos. As penas previstas para os envolvidos podem ultrapassar 50 anos de prisão, além de pesadas multas.









