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Governo identifica autor de desvio no Siafi e investiga verbas

desvio no Siafi
(Foto: Arquivo/Agência Brasil).

O governo federal, por meio da Polícia Federal e da Agência Brasileira de Inteligência, está investigando um desvio no Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi). Segundo as apurações, o prejuízo já confirmado aos cofres públicos é de ao menos R$ 3,5 milhões. O caso envolve o uso indevido de credenciais e a simulação de pagamentos a credores fictícios, com parte dos recursos sendo enviados para o exterior.

Os detalhes da investigação indicam que criminosos obtiveram acesso ao sistema ao se apropriar de senhas de diferentes usuários. Até o momento, identificou-se o uso fraudulento de 16 senhas, que tentaram autorizar pagamentos a mais de 200 falsos credores. A investigação, conduzida pela Polícia Federal em colaboração com o Tesouro Nacional, também envolve a Agência Brasileira de Inteligência.

Além do montante já mencionado, suspeita-se que tentativas de movimentar até R$ 9 milhões foram feitas apenas no âmbito do Ministério da Gestão e Inovação. No entanto, a equipe de investigação conseguiu recuperar R$ 2 milhões dos valores desviados.

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Os ataques ao sistema foram detectados inicialmente pela equipe do Tesouro Nacional, que imediatamente tomou medidas adicionais de segurança. Entre as ações implementadas está a autenticação reforçada dos usuários autorizados a operar o Siafi. A situação levou a uma reunião de emergência com agentes financeiros do governo em 12 de abril, após a descoberta dos acessos não autorizados no final de março.

As técnicas utilizadas pelos criminosos incluíram o roubo de credenciais via phishing, além de manipular o sistema para alterar ordenadores da despesa e os beneficiários dos valores. Segundo informado pelo Tesouro Nacional, apesar das tentativas de fraude, o sistema não sofreu danos em sua integridade.

Os ataques não tiveram êxito em todos os casos. Na Câmara dos Deputados, por exemplo, barreiras de segurança adicionais impediram a conclusão das transações fraudulentas. A ação não resultou em impactos expressivos nos resultados fiscais do governo, de acordo com o Tesouro Nacional.

Os responsáveis pelas investigações afirmam que o caso é complexo, envolvendo um conhecimento aprofundado do funcionamento do Siafi, um sistema essencial para a administração financeira do governo federal. O sistema é utilizado desde 1987 para gerenciar a execução orçamentária e financeira, sendo responsável por todas as ordens de pagamento do governo.

A segurança do Siafi é constantemente avaliada, e o Tribunal de Contas da União já estava realizando uma auditoria no Tesouro Nacional com foco na melhoria da gestão de riscos de segurança da informação. Essa auditoria identificou potenciais vulnerabilidades, mas não há evidências de que estes pontos fracos tenham facilitado os ataques recentes.

A investigação ainda está em andamento, e novos detalhes serão divulgados conforme avançam as apurações. A colaboração entre diferentes órgãos federais é vital para a resolução do caso e para prevenir futuras ocorrências.

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