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Petróleo pode encerrar 2024 como principal produto de exportação em 27 anos

O petróleo deve fechar 2024 como o principal produto de exportação do Brasil, superando soja e minério de ferro. O país prevê exportações de US$ 47 bilhões e produção de 3,6 milhões de barris por dia em 2025. Geopolítica e economia global impactam os fluxos energéticos
Na imagem conta uma plataforma de petróleo. Em 2024, o Brasil registrou recorde na exportação de petróleo
Tânia Rêgo/Agência Brasil

O Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) anunciou nesta segunda-feira (16) um novo recorde na exportação de petróleo. O combustível deve fechar 2024 como o principal produto da pauta de exportação brasileira, superando soja e minério de ferro pela primeira vez desde 1997. Até novembro, o Brasil exportou US$ 42,8 bilhões em petróleo, e a expectativa é que o total atinja US$ 47 bilhões até o fim do ano. Desde 2016, a balança comercial do setor tem apresentado saldo positivo.

Recorde na exportação de petróleo para 2025

Além do recorde na exportação, o IBP também projeta que, em 2025, a produção de petróleo no Brasil atinja 3,6 milhões de barris por dia, um aumento em relação aos 3,4 milhões atuais. Esse crescimento é atribuído à maturação dos investimentos no pré-sal e à entrada de novas unidades flutuantes de produção (FPSOs) da região, conforme explicou o presidente do IBP, Roberto Ardenguy.

A estimativa é que, nos próximos quatro anos, o Brasil receba quase R$ 600 bilhões em royalties, participações especiais e comercialização do óleo da União. O país ocupa a oitava posição mundial em produção de petróleo e a nona em capacidade de refino. O setor de óleo e gás representa 17% do PIB industrial brasileiro e 45% da oferta interna de energia. Além disso, o Brasil é o segundo maior produtor de biocombustíveis e o oitavo maior consumidor global, gerando 1,6 milhão de empregos diretos e indiretos. Tudo isso contribui para um cenário de recorde na exportação de petróleo.

A geopolítica, especialmente os conflitos como a guerra entre Rússia e Ucrânia e as tensões no Oriente Médio, continuará a impactar os fluxos energéticos em 2025. Isso influencia a importação e exportação de petróleo, inclusive com novos recordes e marcas. Isabela Costa, gerente de análises técnicas do IBP, também destacou a importância do acompanhamento dos indicadores econômicos dos Estados Unidos e da China. Afinal, são os principais consumidores globais de petróleo.

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