Nesta quinta-feira (19), o Banco Central do Brasil realizou um leilão de 5 bilhões de dólares à vista, a sexta operação deste tipo em apenas uma semana. A ação acontece em meio incerteza do câmbio e à pressão sobre o real.
O leilão realizado na manhã de hoje foi a segunda intervenção do Banco Central no dia, totalizando 8 bilhões de dólares vendidos até o momento. Somente na última semana, as operações de venda somaram mais de 20,75 bilhões de dólares, incluindo leilões de linha e compromissos de recompra.
A iniciativa mostra a estratégia da autarquia para conter a desvalorização do real, agravada por tensões no mercado interno e pelo cenário mundial desafiador. O diferencial de corte do leilão do Banco Central foi de -0,035000, e a operação contou com 10 propostas aceitas entre 10h35 e 10h40.
A pressão no câmbio é resultado de expectativas quanto à tramitação do pacote fiscal no Congresso Nacional e ao aguardado Relatório Trimestral de Inflação, que deve influenciar os próximos passos da política monetária.
Às 11h03, o dólar à vista registrava queda de 1,78%, cotado a R$ 6,156 na venda, após atingir R$ 6,2679 na quarta-feira, maior valor nominal da história. Na B3, o dólar futuro também operava em baixa, a R$ 6,269.
Dólar comercial e turismo
O dólar comercial apresenta compra a R$ 6,155 e venda a R$ 6,156. Já no dólar turismo, os valores variam entre R$ 6,338 para compra e R$ 6,518 para venda.
O que é o leilão do Banco Central?
- Os leilões consistem em operações em que o Banco Central disponibiliza dólares diretamente para bancos e instituições financeiras. Essas iniciativas servem como instrumentos para controlar a liquidez e promover a estabilidade do câmbio