A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) finalizou o ano com uma decisão impactante no mercado financeiro: a condenação de Fernando Passos, ex-vice-presidente executivo financeiro e de relações com investidores do IRB, a uma multa de R$ 20 milhões por manipulação de preços. O caso envolveu a disseminação de informações falsas, que influenciaram diretamente a valorização das ações da empresa.
A manipulação de preços e suas consequências
O caso começou em 2020, quando divulgaram notícias falsas sobre a suposta compra de ações do IRB por um renomado fundo de investimento. As informações impulsionaram uma alta nas ações em poucos dias. As investigações apontaram que o objetivo era criar condições para que executivos da empresa alcançassem metas financeiras pessoais, ligadas ao desempenho das ações.
A multa da IRB imposta pela CVM mostra a gravidade da manipulação, considerada um dano à credibilidade do mercado de capitais. Documentos analisados revelaram que o executivo alterou trocas de e-mails e outros dados para dar aparência de legitimidade às informações divulgadas.
Multa do IRB: decisões sobre os envolvidos no caso
Enquanto o ex-diretor financeiro foi penalizado, José Carlos Cardoso, ex-diretor-presidente da companhia, também investigado, foi absolvido. A decisão considerou que ele não agiu com dolo, mas destacou que, na posição de liderança, ele deveria ter confirmado a veracidade das informações antes de apresentá-las ao mercado.
O episódio mostrou que é importante manter os processos internos fortes e supervisionar bem, especialmente em momentos difíceis. Empresas que lidam com informações sensíveis devem garantir a verificação cuidadosa de todos os dados antes de torná-los públicos.
Impacto no mercado e próximos desdobramentos
Após a divulgação da verdade, as ações do IRB sofreram uma queda, e o episódio trouxe repercussões internacionais. Além disso, uma investigação conduzida nos Estados Unidos foi encerrada com o pagamento de um acordo milionário.
