O crédito imobiliário com recursos da poupança alcançou crescimento de R$ 14,91 bilhões em novembro, segundo a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). O resultado representa o segundo melhor novembro da história, com crescimento de 26,4% em relação ao mesmo mês de 2023, mas queda de 17,4% em comparação a outubro deste ano.
O que motivou o crescimento e redução do crédito imobiliário?
A redução em relação ao mês anterior foi influenciada pela queda nas liberações da Caixa Econômica Federal, tradicional líder do setor. Em novembro, a Caixa financiou R$ 3,959 bilhões via poupança para construção e aquisição de imóveis, registrando uma queda de 38%.
Com isso, a liderança de mercado no mês passou para o Itaú Unibanco, que financiou R$ 5,162 bilhões no mesmo período. A Caixa ficou em segundo lugar, seguida de perto pelo Bradesco, que liberou R$ 3,607 bilhões em financiamentos imobiliários.
A baixa performance (crescimento do crédito imobiliário) da Caixa no mês está associada a restrições orçamentárias enfrentadas pelo banco público no final do ano. Portanto, a instituição chegou perto de esgotar os recursos disponíveis para financiamentos via poupança, reflexo de uma redução nos depósitos na modalidade e do cenário geral de escassez de recursos para o setor.
Liderança no consolidado
No acumulado de 2024, no entanto, a Caixa mantém a liderança do crédito imobiliário com crescimento ao longo do ano, com R$ 75,92 bilhões financiados, alta de 10% em relação ao mesmo período de 2023. No sistema financeiro como um todo, o financiamento imobiliário via poupança somou R$ 169,1 bilhões no ano, registrando um crescimento anual de 23%.