Donald Trump toma posse nesta segunda-feira, 20 de janeiro, reassumindo o comando dos Estados Unidos, a maior potência econômica mundial. O evento está no centro das atenções do cenário político global, marcando o retorno do ex-presidente. Após vencer as eleições presidenciais em novembro, ele retorna à Casa Branca em uma cerimônia adaptada às baixas temperaturas de Washington D.C. Sua posse gera expectativas sobre o impacto de suas decisões no mundo, com potenciais repercussões em diversos países.
Seu retorno marca um novo momento para os Estados Unidos, agora com a agenda “America First” de volta ao centro das decisões.
O que significa a posse de Donald Trump?
Após governar o país entre 2017 e 2021, Donald Trump retorna à Casa Branca com a promessa de priorizar os interesses nacionais. Sua posse simboliza uma abordagem centrada na economia americana, mas que pode gerar impactos no comércio internacional, nas relações globais e até no meio ambiente. Afinal, o que beneficia os EUA pode não ser tão vantajoso para outras nações.
Ucrânia: o que esperar do governo Trump?
Durante a campanha, Donald Trump afirmou que resolveria o conflito entre Rússia e Ucrânia “em um dia”. Embora isso pareça promissor, detalhes sobre como isso seria feito não foram apresentados. Além disso, há a sugestão de condicionar a ajuda dos EUA à Ucrânia a negociações de paz. Essa postura deixa os aliados da Ucrânia preocupados, já que pode pressionar o país a aceitar concessões territoriais para acabar com a guerra.
Otan: parceiros ou adversários na visão de Trump?
Críticas à Otan sempre marcaram a relação de Donald Trump com a aliança militar. Ele já ameaçou tirar os americanos da organização caso outros membros não aumentassem os gastos com defesa. Agora, há planos para que os países membros invistam até 5% do PIB em defesa, um aumento considerável. Mesmo sem uma saída formal da aliança, reduzir o número de tropas americanas na Europa pode enfraquecer a Otan.
O impacto da posse de Donald Trump no Oriente Médio
No Oriente Médio, a expansão dos Acordos de Abraão está nos planos, visando melhorar as relações entre Israel e os países árabes. A negociação com a Arábia Saudita também está na pauta, embora a questão palestina continue sendo um obstáculo significativo. Durante seu primeiro mandato, houve o reconhecimento de Jerusalém como a capital de Israel, gerando muitas tensões na região. A saída do acordo nuclear com o Irã também contribuiu para o aumento das tensões.
Donald Trump e as relações com a China: tensão ou equilíbrio?
A postura firme com a China é uma marca de sua política. Entre as medidas planejadas, estão o aumento de tarifas sobre produtos chineses e o reforço no apoio militar a Taiwan. Para Donald Trump, a China representa uma grande ameaça aos interesses dos EUA. Apesar disso, ele acredita que negociações e pressão econômica podem evitar conflitos diretos.
Trump e o Canal do Panamá: um tema polêmico
Trump reacendeu a polêmica sobre o Canal do Panamá, criticando as taxas cobradas para o uso da hidrovia estratégica que conecta os oceanos Pacífico e Atlântico. Ele relembrou o histórico de administração americana sobre o canal e declarou:
“As taxas cobradas pelo Panamá são ridículas, especialmente considerando a extraordinária generosidade dos EUA ao país. Não foi dado para o benefício de outros, mas como símbolo de cooperação. Se os princípios morais e legais desse gesto magnânimo não forem seguidos, exigiremos que o canal nos seja devolvido integralmente, e sem questionamentos.”
Em resposta, o presidente panamenho reafirmou a soberania do país, enquanto políticos locais pediram firmeza para proteger a autonomia do Panamá.
Groenlândia: uma nova tentativa de controle
Outra controvérsia envolvendo Donald Trump é sua proposta de controle sobre a Groenlândia. Durante seu primeiro mandato, ele já havia sugerido comprar a ilha dinamarquesa, ideia que foi prontamente rejeitada. Desta vez, Trump afirmou em suas redes sociais:
“No interesse da Segurança Nacional e da Liberdade em todo o mundo, os Estados Unidos consideram a posse e o controle da Groenlândia uma necessidade absoluta.”
O primeiro-ministro da Groenlândia, Mute Egede, respondeu imediatamente, reforçando que a ilha luta pela liberdade e não abrirá mão de sua soberania. A declaração reacendeu tensões e gerou críticas internacionais.
Meio ambiente: as prioridades de Trump no novo mandato
A descrença de Donald Trump nas mudanças climáticas guia suas políticas ambientais. É esperado que os EUA saiam novamente do Acordo de Paris, com um foco renovado em combustíveis fósseis como petróleo e carvão. Apesar disso, a transição para energia renovável continua ganhando força nos EUA e no mundo, independentemente de suas ações.
Imigração: endurecimento e desafios no governo Trump
Entre os planos anunciados por Donald Trump, estão a deportação de milhões de imigrantes sem documentos e o fim da cidadania automática para nascidos nos EUA. Reforçar a segurança nas fronteiras e retomar restrições de entrada a pessoas de determinados países também são propostas que mostram um endurecimento nas regras de imigração.
Como será a posse de Donald Trump?
A cerimônia de posse está marcada para as 8h (horário de Brasília), na Rotunda do Capitólio, com apresentações musicais às 11h30 e o juramento oficial às 14h. Por causa do frio extremo, o evento será realizado em local fechado.
Confira vídeo sobre a posse de Donald Trump:
Uma comitiva brasileira com parlamentares de oposição, liderada por Eduardo Bolsonaro (PL-SP), estará presente. Representando o Brasil oficialmente, a embaixadora Maria Luiza Viotti também participará da cerimônia.
O que a posse de Donald Trump significa para o mundo?
O retorno de Donald Trump à presidência pode trazer mudanças relevantes. Como já citamos, sua posse marca o início de políticas que prometem impactar as relações internacionais, a economia global e até o combate às mudanças climáticas.
O protecionismo de Trump contra a importação dos produtos brasileiros é uma preocupação real para o governo Lula.
A posse de Donald Trump é um evento que não apenas simboliza sua volta ao poder, mas também redefine o papel dos EUA no cenário global.